segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MAIS DE 200 CABEÇAS DE GADO SÃO ABATIDOS EM FAZENDA DE MS

Foram abatidas mais de 200 cabeças de gado apreendidas numa fazenda no município de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. Os animais não tinham documentação de origem e a propriedade foi interditada.
O Ministério da Agricultura proibiu a comercialização demais de duas mil cabeças de gado depois que fiscais agropecuários flagraram a colocação de brincos de identificação em 209 animais, trabalho irregular já que a origem do rebanho não foi informada às autoridades sanitárias.
"Essa propriedade será monitorada como uma propriedade de risco até que tudo se esclareça. Ela fica interditada para a movimentação de animais tanto para dentro quanto para fora. Ele não pode retirar nenhum animal dessa propriedade sem que ter a anuência do órgão fiscal”, avisa Tereza Cristina, Secretária de Produção de Mato Grosso do Sul.
O gado irregular foi abatido no frigorífico em Ponta Porã. A dona da fazenda, que não quis gravar entrevista, disse desconhecer o abate e a interdição da propriedade.
Na região onde os fiscais apreenderam o rebanho há muitas fazendas voltadas para a engorda de animais. O pecuarista Rubens Gonçalves, que cria gado há 30 anos e tem mais de 200 cabeças, faz questão de vacinar os animais pessoalmente.
As Forças Armadas auxiliam no trabalho de fiscalização na área de fronteira, mas a região é de muitas estradas vicinais, algumas que dão acesso ao Paraguai, o que reforça a suspeita de que os animais sejam do país vizinho.
Desde que o primeiro foco de febre aftosa foi confirmado no Paraguai no ano passado está proibido o transporte de animais vivos vindos do país vizinho. Por isso, a Iagro informou que a fiscalização em postos fixos e volantes deve permanecer entre os dois países por tempo indeterminado. Os produtores que forem flagrados descumprindo a lei serão punidos.
“Eu espero que esse seja o último mau exemplo dado no estado. Eu espero que as pessoas entendam que a situação é muito ruim e que nós temos que preservar a nossa pecuária. Mas se isso não for possível e outros casos aparecerem nós vamos continuar punindo eventualmente”, avisa Tereza Cristina.
A Secretária de Produção de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina, disse ainda que não há prazo para a retirada do embargo. Uma investigação policial também deve ser aberta para esclarecer o caso. Segundo o Ministério da Agricultura, o lote abatido era sadio e não apresentou sintomas de febre aftosa.
 

Fonte: G1.com

Soja: comercialização avança para 49% da safra 2011/12



São Paulo, 30 - A comercialização da safra 2011/12 de soja do Brasil avançou dois pontos porcentuais na última semana e alcançou 49% da produção prevista em 74,4 milhões de toneladas até sexta-feira (27), de acordo com a consultoria Céleres. O ritmo está dois pontos à frente do que foi registrado no mesmo período do ano passado.
A Céleres divulgou ainda sua primeira estimativa de colheita, segundo a qual 3% da área prevista em 25,1 milhões de hectares foi recolhida, ante 2% na mesma época do ano passado e na média dos último cinco anos. Mato Grosso, principal Estado produtor, colheu 6% da área, e o Paraná, 4%.
No mercado doméstico, os preços voltaram a registrar ganhos, acompanhando o cenário positivo dos preços externos e a firmeza dos prêmios de exportação. Pesquisas da Céleres mostraram alta de 1% nas cotações da oleaginosa na semana, e de 2,7% no intervalo de 30 dias.
No Porto de Paranaguá (PR), a venda com entrega para março/12 registrou prêmio de exportação de US$ 0,62 por bushel, em linha com a semana anterior. A cotação da saca em Paranaguá terminou a semana a US$ 27,60, alta de 2,6% em sete dias. Em reais, o preço ficou em R$ 48,00 a saca, ganho de 1,4% na semana.

Fonte: G1.com

domingo, 29 de janeiro de 2012

FRIGORÍFICOS PODEM SER OBRIGADOS A INFORMAR DADOS DE BOVINOS PARA ABATE

Agência RBS
Foto: Agência RBS
Está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal o projeto que obriga os frigoríficos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) a informarem ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) preços, quantidades e outras características dos bovinos adquiridos para abate.
Fornecidas por meio eletrônico, ou em papel, essas informações deverão ser mantidas em sigilo, embora o Ministério da Agricultura possa divulgar dados e análises com base nas informações que receber. Oriundo da Câmara dos Deputados, o texto (PLC 85/11) chegou ao Senado com cinco artigos e o propósito de tornar mais transparentes e competitivas as transações no mercado de bovinos de corte.
Pelo texto, os frigoríficos deverão fornecer ao Mapa, até cinco dias após o abate, informações referentes a pagamento, preço da arroba, lote de bovinos adquirido, peso médio dos animais, sexo, idade, data da transação, nome, endereço e CPF ou CNPJ do vendedor. O texto estabelece ainda que o descumprimento da obrigação de prestar essas informações sujeitará o estabelecimento ao cancelamento do registro.
Relatora da matéria na CAE, a senadora Ana Amélia (PP-RS) vincula a importância da iniciativa à necessidade de oferecer maior visibilidade a informações indispensáveis à tomada de decisão pelo mercado de carne que, no Brasil, ainda se caracteriza por elevada informalidade.
– Entendemos que a proposta vem em boa hora, porque o Brasil não pode mais conviver com práticas anticoncorrenciais, que devem ser banidas em definitivo para que possamos avançar mais, fortalecendo a pecuária nacional –, diz a senadora em seu relatório.
No entender de Ana Amélia, se aprovada, a nova lei oferecerá instrumentos de orientação e proteção comercial aos produtores de bovinos de corte, diante da imperfeição de um mercado em que a indústria frigorífica tende a se beneficiar extraordinariamente do reduzido preço pago aos produtores.

Fonte: Ruralbr

MANEJO FLORESTAL RECUPERA ÁREAS DEGRADADAS E COMBATE A EROSÃO

Rodrigo Rey, Divulgação
Há um ano e oito meses o agricultor Fernando Fortunato, de 68 anos, plantou um hectare de mudas de acácia manjo (árvore nativa da Índia que se adaptou muito bem ao clima do Norte Fluminense). Com o cultivo, além de proteger uma encosta de morro que não usava mais para a lavoura, favorecendo o equilíbrio do meio ambiente, o produtor está preparando o que no futuro funcionará como uma poupança verde, no sítio onde vive há cerca de 20 anos, no Assentamento Novo Horizonte, na microbacia Rio Preto, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.
A acácia manjo tem crescimento rápido e pode ser cortada após oito anos, até para uso em construção civil. Em dez anos, cada uma das 1,2 mil mudas plantadas deve atingir entre oito e dez metros, permitindo o manejo florestal. A possibilidade de obter bons ganhos em uma área de baixa produtividade animou o agricultor.
 – Esse morro não servia para muita coisa, eu tinha pasto aqui, mas não era bom. Se batesse uma chuva forte, arrastava tudo, mas com essas árvores a terra fica protegida. Um dia poderei cortá-las e ganhar dinheiro sem cortar a mata nativa, e ainda vou poder ajudar algum amigo que precisar de uma árvore – disse o agricultor.
Técnico agrícola da Emater-Rio e assessor regional do programa estadual Rio Rural, Geraldo Monteiro explica que a área precisava ser recuperada, pois apresentava erosão. As árvores servirão de reserva de madeira em uma região que carece desse material para extração e ainda situa-se próxima ao Parque Estadual do Desengano.
– É uma forma de garantir a proteção dos remanescentes de Mata Atlântica e, daqui a um tempo, poder cortar árvores para a manutenção da propriedade, na confecção de cercas, currais, galinheiros e até para venda –, diz o técnico.
Com o plantio da área verde, o produtor ajuda a reverter o quadro histórico de degradação ambiental na região, utilizando os recursos naturais de sua propriedade em conformidade com o Novo Código Florestal, em tramitação no Congresso Nacional.
Fonte de renda
Em oito anos, o agricultor poderá começar a vender a madeira e garantir uma receita a mais com a propriedade. Segundo o técnico agrícola Geraldo Monteiro, hoje uma árvore semelhante às de Fernando, quando adultas, valem em média 170 reais no mercado.
 
O técnico acrescenta que o agricultor pode planejar a retirada de 120 árvores por ano, no máximo, mantendo sempre a mesma quantidade por hectare, o que dará a ele um lucro líquido de R$ 11 mil por ano.

– Rende mais que as atividades principais da agricultura da região, como cana-de-açúcar, e a pecuária de leite e de corte extensiva –, avalia.

Fonte: Ruralbr

SITUAÇÃO PRECÁRIA EM RODOVIA PREOCUPA AGRICULTORES DE GRÃOS DE GOIÁS

Roni Rigon
A situação da rodovia GO-174, que liga a região sudoeste de Goiás aos Estados de São Paulo e Minas Gerais, preocupa trabalhadores do campo e motoristas. A via é usada para escoamento da produção agrícola e, de acordo com usuários, se encontra em condições precárias. O operador de máquinas Ailton de Souza aponta que as chuvas que atingiram a região nas últimas semanas contribuíram para a formação de buracos no caminho que leva até os portos, para onde é transportada parte das mais de 1,5 milhão de toneladas de soja e milho colhidas na safra de verão do sudoeste de Goiás.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), juntos os municípios de Rio Verde e Montividiu plantaram mais de 400 mil hectares dos grãos. A área é cerca de 5% maior que a da safra passada. Consequentemente, o movimento de veículos pesados na rodovia deve aumentar.
Já no outro trecho que liga Montividiu a Iporá, a reclamação dos usuários é em relação à camada de terra que foi utilizada para tapar os buracos. Para o caminhoneiro Gilberto de Lima, é necessário tomar medidas mais eficazes para resolver o problema. O operador de máquinas Vanderlei Souza, por sua vez, demonstra preocupação com o escoamento da safra de soja. Ele conta que na fazenda onde trabalha foram plantados pouco mais de 1,2 mil hectares da oleaginosa e que as condições de transporte são motivo de receio.

Fonte: Ruralbr

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ESPECULAÇÃO CONTINUA MARCANDO OS NEGÓCIOS NO MERCADO DO BOI GORDO EM TODO BRASIL

Michael MacNeil / AP

As tentativas de compra abaixo da referência no mercado do boi gordo são muitas e acontecem em todo o país. De acordo com a Scot Consultoria, a safra, ao mesmo tempo em que aumenta o volume de bovinos terminados, permite ao pecuarista manter os animais no pasto a fim de negociar preços melhores, aliviando a pressão de baixa.

Com isso, a especulação sobre os preços é grande. Em São Paulo existem ofertas de compra entre R$ 94,00 por arroba e R$100,00 por arroba, à vista, livre de Funrural. Nos valores menores o mercado trava. Estas ofertas são de indústrias com escalas mais confortáveis, testando o mercado, ou então frigoríficos que compram animais em Estados vizinhos para completar as programações de abate.

A demanda fraca é o principal fator baixista do mercado. Os preços no atacado sem osso estão há quatro semanas em queda. O cenário de especulação não é exclusivo do centro-sul do Brasil.

No Rio Grande do Sul, a forte seca castiga os pastos e reduz de forma significativa a oferta, o que mantém o mercado firme. Conforme a Scot, a expectativa é que vendas de carne melhorem a partir da próxima semana, o que pode favorecer reajustes nos preços da arroba.



Fonte: Ruralbr

SOJA RESISTENTE A GLIFOSATO E LAGARTAS É APRESENTADA NO SHOWTEC 2012

Adriana Franciosi / Agencia RBS

Novo produto foi apresentado no Showtec 2012

A soja Intacta RR2 PRO, da Monsanto, foi apresentada noShowtec 2012. Feira ocorre até esta sexta, dia 27, em Maracaju, Mato Grosso do Sul. O grão, além de resistente ao glifosato, confere proteção contra lagartas.

A tecnologia foi aprovada em agosto de 2011 pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), mas a empresa só vai lançar para a comercialização depois que todos os países aprovarem o produto. Como a tecnologia está em fase final de pesquisa, somente estará apta a ser comercializada após o registro das cultivares e as aprovações para importação em mercados importantes, como a China.

A Monsanto investiu US$ 100 milhões para desenvolver o novo transgênico e é a primeira tecnologia criada para um mercado fora dos Estados Unidos. No Brasil, 500 produtores foram selecionados para testar o produto.

Para escolher as regiões brasileiras e os produtores rurais que participariam do experimento, a empresa avaliou a gestão da propriedade, a importância do agricultor para aquela região a ser selecionada e também escolheu áreas distintas.

Em Mato Grosso do Sul, foram selecionados 45 campos de teste. Outros nove Estados participam dessa avaliação. Produtores de Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Distrito Federal e Goiás também estão testando a nova soja.


Fonte: Ruralbr

PREÇO DA SACA DE FEIJÃO ANIMA PRODUTORES DE GRÃO DE UNAI- MG

O excesso de chuva atrapalhou o desenvolvimento das lavouras de feijão de Unaí, maior produtor do grão de Minas Gerais. Mesmo assim, os agricultores estão contentes com o preço. Na região foram plantados 20 mil hectares do grão, com redução de dez mil em relação ao ano passado.
O agricultor Mauro Rodrigues Bráulio, que plantou 70 hectares de feijão, tinha a expectativa de colher 50 sacas por hectare. Mas o produtor ainda não conseguiu atingir a meta por causa do período chuvoso. “Eu achei que daria uma safra melhor, mas, realmente, deu uma quebra boa”, diz.
A lavoura úmida atrai pragas e doenças. “Dá muita antracnose e muito mofo branco”, diz o agrônomo Marcelo dos Santos.
A região de Unaí concentra 30% da produção. O terreno fértil e a altitude favorecem a produção do feijão pérola. O produtor Mauro Rodrigues Bráulio aposta nesse diferencial para garantir os lucros. “A qualidade até que ficou muito boa devido à chuva. Nós não conseguimos controlar a antracnose. O que vai nos salvar é o preço que está com a expectativa de preço melhor”, diz.

domingo, 22 de janeiro de 2012

ÁREA DE PLANTIO DE SAFRINHA DEVE SER BEM MAIOR ESTE ANO

Na propriedade de Leonildo Bares, em Sinop, norte de Mato Grosso, serão cultivados 600 hectares de milho safrinha. O serviço vai começar depois da colheita de soja e o agricultor conta que, este ano, levou um susto com a correria na hora de comprar a semente. “Quem atrasou um pouquinho para fazer a aquisição da semente de milho, quando foi na última hora procurar, já não conseguiu a variedade que gostaria ou que tem costume de plantar”, comenta.
É com base nessas vendas que as cooperativas do norte de Mato Grosso calculam um aumento 30% na área de milho safrinha este ano.
No município de Sorriso, os distribuidores de sementes dizem que, por causa da grande procura, houve aumento no preço da saca de semente. “Quem hoje optar por plantar milho de alta tecnologia, de alta produtividade, vai pagar mais caro. Tem variedade que chegou a subir 30% o valor da saca de semente”, explica Leonardo Ceravolo, gerente da revenda.
Na região oeste do Paraná, onde o plantio do milho safrinha já está começando, as primeiras cargas de sementes já estão deixando a Cooperativa de Cascavel rumo às fazendas. Quase todo o estoque foi vendido ainda em dezembro e este ano houve um aumento de 30% nas encomendas: de 32 mil sacas para 46 mil.

Por causa da procura, o preço da saca de semente de primeira linha teve um aumento de 21%. No campo, os produtores já estão botando as plantadeiras para funcionar.
Depois da quebra na safra de verão por causa da estiagem, é no milho que os agricultores apostam para as lavouras de inverno. O produto, a cada ano, ganha mais espaço no Paraná.
De acordo com a Secretaria da Agricultura, esta será uma safrinha recorde, com 10% de aumento de área no estado. A produção estimada é ainda mais otimista, deve chegar a 9,300 milhões de toneladas, um acréscimo de 48% em relação à safrinha do ano passado.
A aposta no milho safrinha tem a ver também com os maus resultados do trigo, outra lavoura de inverno que os agricultores do Paraná plantam depois da soja. "O produtor vem de um período de duas ou três safras com problemas na comercialização, o que favorece o milho segunda safra", explica Jovir Esser, economista do Deral.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...