sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PRODUTORES DE MILHO DO OESTE DE SANTA CATARINA DEVEM PERDER R$ 400 MILHÔES DEVIDO A ESTIAGEM

Sirli Freitas
Foto: Sirli Freitas / Agencia RBS
Falta de chuva forte nos últimos 40 dias no oeste de Santa Catarina está causando perdas milionárias para a agricultura do Estado
falta de chuva forte nos últimos 40 dias no oeste de Santa Catarina está causando perdas milionárias. Somente no milho, a principal cultura atingida, o prejuízo é de cerca de R$ 400 milhões. Segundo o secretário de Agricultura do Estado, João Rodrigues, a quebra no cereal está entre 30% e 40% no oeste e deve chegar a 25% em todo o Estado. Isso representa 950 mil toneladas (15,8 milhões de sacas) a menos na previsão inicial de 3,8 milhões de toneladas.

No município de Pinhalzinho, o prejuízo é de R$ 5 milhões, segundo o prefeito Fabiano da Luz. A perda é de 40% no milho, 10% no leite e 30% no feijão. Em São Carlos, o prefeito Élio Godoy informou que há uma quebra de 60% na lavoura de milho. É o caso do agricultor Célio Boniatti, que plantou 16 hectares do cereal. Ele esperava colher 150 sacas por hectare e agora prevê algo em torno de 60 sacas.

– As espigas cresceram, mas faltou água na hora da formação do grão. O prejuízo deve ficar entre R$ 32,5 mil e R$ 35 mil – calcula Boniatti.

O secretário João Rodrigues diz que suspendeu o recesso da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) nos municípios do oeste, previsto para janeiro, para que os agricultores possam solicitar aos técnicos que façam os laudos das perdas. Os documentos são necessários para acessar o seguro. A partir desta segunda, dia 2 de janeiro, os técnicos estarão no campo. Rodrigues lembrou que a quebra no milho representa também mais custos para produção de suínos, aves e leite, o que pode pesar no preço final ao consumidor. Segundo o secretário, o Estado está aberto a negociações das dívidas dos produtores.

Além disso, as prefeituras estão auxiliando os produtores no transporte de água. O secretário de Agricultura de Planalto Alegre, Carlos Panho, informou que diariamente são levadas oito cargas de seis mil litros cada. São 20 famílias que dependem do município. Uma delas é a do agricultor Leonir Fiabani. As fontes secaram e a reserva de um milhão de litros que tinha no açude se transformou em poucas poças de água em 15 dias. Agora ele recebe o caminhão para matar a sede de frangos, suínos e vacas de leite. Mesmo assim, a produção de leite caiu de 840 litros por dia para 460 litros.


Fonte : Ruralbr

Até o final da tarde desta quinta, dia 29, 25 municípios do oeste do Estado tinham decretado situação de emergência. Segundo previsões do Ciram/Epagri, a estiagem deve continuar até fevereiro.

Cidades em situação de emergência em Santa Catarina: Águas de Chapecó *, Águas Frias *, Anchieta, Coronel Freitas, Guaraciaba *, Formosa do Sul, Guarujá do Sul, Ipuaçu *, Iraceminha, Maravilha *, Marema *, Nova Itaberaba, Ouro Verde, Palmitos *, Passos Maia, Planalto Alegre, Pinhalzinho *, Ponte Serrada, São Carlos, São José do Cedro, São Miguel da Boa Vista, São Miguel do Oeste *, Saudades, Sul Brasil e União do Oeste *

MASTITE E DOENÇAS NOS CASCOS DO GADO DE LEITE PROVOCAM APREENSÃO EM PECUARISTAS EM EPOCAS CHUVOSAS

O início do período de chuvas em grande parte do país provoca alguns problemas aos produtores de leite. Nesta época, é comum o aumento da incidência de mastite e doenças nos cascos dos animais, em função do excesso de barro e umidade. O médico veterinário Júlio Moura explica que há formas de prevenção destes incômodos, como limpeza correta do curral e dos equipamentos. Ele acrescenta que o pecuarista deve ficar atento, ainda, a males que podem atingir bezerros, como pneumonia e diarréia.
Confira a entrevista completa:


Fonte : Ruralbr

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ESTIAGEM PODE AFETAR 40% DA SOJA EM MS



Os agricultores de Mato Grosso do Sul já estão preocupados com a possibilidade de quebra na safra da soja por causa da estiagem. 
Em algumas regiões do Estado, não chove há pelo menos 40 dias e as previsões não são nada otimistas. Enquanto os produtores prevêem perda de até 40% do potencial produtivo de suas lavouras, as expectativas meteorológicas indicam que somente em janeiro as chuvas devem voltar ao normal.
De acordo com o presidente da Aeagran (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados), Bruno Tomasini, várias regiões já foram castigadas com a seca. Segundo ele, produtores que estimavam colher de 50 a 60 sacas por hectare vão ter que refazer as contas. 
“O que dá para ver é que já diminuiu o potencial produtivo de algumas lavouras”, informa Tomasini. Ele considera que ainda é cedo para estimar perdas, mas reconhece que a quebra é inevitável. “Na verdade, a expectativa é de que volte essas chuvas para recuperar pelo menos um pouco da produção”.
Mesmo assim, as previsões meteorológicas não são das melhores. De acordo com o meteorologista Natálio Abraão, a estimativa de 180 milímetros de chuva para dezembro está longe de se concretizar. “Teria que chover 25 a 30 milímetros nesses cinco dias”, pondera. “Corumbá não chegou nem a 10% do previsto para chover no mês e Maracaju não chegou a 30%”.


ESTIMATIVA DE BONS PREÇOS PARA O CAFÉ É MANTIDA EM 2012


A tendência de manutenção de preços do café para 2012 é que seja sustentada nos patamares deste ano. O secretário substituto de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Gerardo Fontelles, avaliou a expectativa da situação da cafeicultura brasileira durante o anúncio do 4º levantamento da produção nacional de café de 2011, no dia 21 de dezembro, em Brasília (DF). "Os fatores climáticos e de mercado assegurarão para o próximo ano preços favoráveis para o setor", afirmou.

Na opinião do diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, os preços têm assegurado aos cafeicultores investimentos em manejo e tratos culturais, como adubação e podas da lavoura, inclusive na recuperação de cafezais antigos. Outro fator que refletiu na produtividade superior dos últimos cinco anos foi o adensamento do plantio.

Para Edilson Alcântara, diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, o uso de tecnologia colabora também para o aumento da produtividade da lavoura. Dependendo da região e da qualidade do café, esses itens podem afetar o preço final do cafeicultor. "Quando o produtor se preocupa em melhorar a qualidade do produto resultará na melhoria da sua remuneração", disse.

Bienalidade recorde

A produção de café apresentou recorde histórico de bienalidade negativa - o cafezal alterna ano de safra pequena com ano de safra maior -- de 43,48 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg. O desempenho da produção é expressivo, apesar da estiagem ocorrida entre os meses de novembro 2010 e fevereiro 2011, que prejudicou as lavouras em fase de enchimento de grãos.

A Organização Internacional do Café (OIC) estima que, na próxima temporada, vai ocorrer uma redução na produção mundial do grão, principalmente, por motivos climáticos na América Central e Indonésia. A produção deve recuar 4,4% e será de 127,4 milhões de sacas segundo dados da OIC. O primero anúncio da safra de café 2012/2013 será no dia 10 de janeiro




Fonte : CNA

CLIMA PROVOCA REDUÇÃO DE SAFRA DE SOJA NO SUDOESTE DE GOIÁS

Os produtores de soja começam a se preparar para a colheita no sudoeste deGoiás. Nesta safra, a irregularidade das chuvas deve causar redução de grãos em algumas propriedades da região. Mesmo assim, tem agricultor satisfeito com o resultado da lavoura.
O produtor Nei Vian enfrentou problemas com o clima na região onde não choveu por 22 dias seguidos. Por causa das chuvas nos 270 mil hectares cultivados em Rio Verde o IBGE baixou a estimativa de colheita para 809 mil toneladas, com redução de 4% em relação à previsão de outubro. De acordo com o último levantamento da Conab, a safra deve ser 5% menor em Goiás.
Para evitar problemas na colheita os agricultores utilizam o sistema de troca de serviço. “Nós fizemos a combinação com os vizinhos. Eu tive ajuda na planta e agora vou auxiliar na colheita. Minha máquina sai com o tanque cheio e volta com o tanque cheio de diesel. A dele faz o mesmo caminho”, explica o agricultor Vilmar Oliveira.
Apenas 20% da produção foram comercializadas com antecedência por R$ 45. “Vamos esperar que melhore quando iniciar a colheita e, quem sabe, eu possa fazer outro bom negócio”, completa Oliveira

Fonte : Globo Rural

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

INTENSIFICAÇÂO DE BAIXO CUSTO

Consórcio capim-leguminosa desencadeia melhora em vários índices zootécnicos de fazenda no MS. Uso da estilosantes Campo Grande com braquiária ajudou a enriquecer a dieta do gado, devido ao elevado teor de proteína em suas folhas, entre 13 e 18%, e aumentou o aporte de nitrogênio no solo pela decomposição do esterco do gado que é mantido em pastos consorciados e das folhas e raízes da própria planta. 
Recuperar os pastos com ou sem aplicação de calcário e fertilizantes químicos? Essa era a grande dúvida do administrador rural Raul Lopes Carvalho, da médica veterinária Ana Paula Saldanha Rodrigues Carvalho e do zootecnista Luiz Felipe Saldanha Rodrigues, quando, recém formados em 2004, assumiram a gestão da Fazenda São Luiz D´Oeste, situada no município de São Gabriel D´Oeste, na região Norte do Mato Grosso do Sul.
O problema era solo arenoso que cobre toda a propriedade. O temor era que a resposta à adubação química nesse tipo de solo não fosse tão expressiva para compensar a elevação dos custos decorrentes dos gastos com a compra e aplicação de calcário e fertilizantes químicos. A cautela se justificava: o investimento na correção do solo seria alto. Afinal, teriam que recuperar os 8.772 ha de pastos da propriedade e eles não queriam cometer erros.
Em 2004, foram recuperados, com a consorciação, 700 ha de pastos. "Já vínhamos testando o uso de leguminosa como adubo verde. Em 2000, testamos o guandu. E resolvemos experimentar a consorciação com a multilinha Campo Grande", conta Raul.
No total, foram investidos, em valores corrigidos para 2011, R$ 5,263 milhões em sete anos para recuperar os 8.772 ha de pastos. Neste valor, estão incluídos os gastos com a eliminação das invasoras, a catação das plantas lenhosas da área de pastos, a construção dos terraços para evitar erosão, a correção da fertilidade do solo com gesso (200 kg/ha) e fósforo (185 kg de supersimples) e o plantio direto da leguminosa (3 kg de sementes por ha).

Fonte : Revista DBO

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

ESTIAGEM NO PARANÁ PODE PROVOCAR QUEDA ACENTUADA NA PRODUÇÂO DE SOJA


 Shutterstock
O verão 2012 será marcado pelo fenômeno La Niña, com chuvas mal distribuídas no estado do Paraná. De acordo com dados do serviço de meteorologia do estado (Simepar), desde o início da primavera, tem sido observado umresfriamento das águas do Oceano Pacífico. O que, segundo os meteorologistas, deve se intensificar ao longo do primeiro trimestre. Isso indica o desenvolvimento de um novo episódio de La Niña ao longo da estação. 

Como consequência, deve chover menos nas regiões oeste, norte e noroeste do estado. Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, Otmar Hubner, a escassez de chuva, principalmente na região oeste, onde se concentram as maiores lavouras de soja, é preocupante, pois pode provocar queda acentuada na produção da atual safra. 

“Toda a soja está em situação crítica em relação à estiagem. Temos 40% em fase de floração, 50% entrando em floração e apenas 10% na frutificação. Em muitas áreas, não chove há 30 dias. Temos verdadeiros bolsões de estiagem”, diz Hubner. O produto ocupa 4,4 milhões de hectares de lavouras distribuídas em todo o estado


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