quarta-feira, 30 de novembro de 2011

INÍCIO DO PERÍODO CHUVOSO PERMITE AVANÇO DO PLANTIO DAS LAVOURAS DA NOVA SAFRA DE SOJA

O início do período chuvoso nas principais regiões produtoras do País permitiu o avanço do plantio das lavouras de soja da safra 2011/2012, mas eventuais dificuldades climáticas provocadas pelo fenômeno La Niña durante a fase de plantio, de desenvolvimento dos grãos e de colheita podem comprometer o rendimento da cultura. A informação está no boletim “Custos e Preços”, elaborado a partir de informações coletadas no mês de outubro, divulgado nesta quarta-feira (30/11) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em outubro, a saca de 60 quilos de soja foi negociada a R$ 43,54 na média do mercado interno, valor similar ao praticado no mesmo mês do ano passado. No boletim, a CNA avalia as perspectivas para o mercado mundial dessa commodity e lembra que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a estimativa de produção de soja nos Estados Unidos em função da forte seca que atingiu as regiões produtoras do País.
A menor produção afetará o fluxo de exportação dos Estados Unidos, beneficiando outros fornecedores mundiais, especialmente da América do Sul, que competem com a soja norte-americana. “As perspectivas de menor oferta impulsionaram os preços no mercado internacional para cima, o que deve contribuir para a manutenção das cotações em patamares elevados”, informa o boletim. Além da redução da oferta dos Estados Unidos, a previsão de crescimento da demanda da China por soja deve influenciar a manutenção dos preços internacionais.
O posicionamento da China no mercado de milho também determinará o ritmo dos preços do grão no mercado externo. As importações do país asiático irão determinar a manutenção dos preços da commodity em patamares superiores às médias históricas. No Brasil, as margens de rentabilidade dos produtores estão sendo sustentadas por altas consecutivas do preço do grão, mantendo-se acima dos valores praticados em igual período de 2010. Essa valorização, especialmente durante o período de colheita da segunda safra deste ano, deverá influenciar a decisão dos produtores de ampliar a área plantada com as lavouras de verão na safra 2011/2012. 
A expectativa também é de aumento na área plantada com algodão no Brasil em função da boa produtividade das lavouras na safra passada e das boas cotações da fibra nos mercados interno e externo. Na avaliação da CNA, a implementação de tecnologias poderá garantir a manutenção ou até mesmo ganhos de produtividade das lavouras. “Enquanto as previsões de consumo mundial de algodão permanecem inalteradas, a redução de 11,9% dos estoques dos Estados Unidos, também relatada pelo USDA, deve contrair a oferta mundial da commodity em 2,2%”, informa.


Fonte : CNA

R$ 160 MILHÔES PARA AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO EM GOIÁS


O presidente do Sistema FAEG/Senar, José Mário Schreiner, participou do lançamento estadual do Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura – (ABC). O lançamento aconteceu hoje, 28 de novembro, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. Durante a solenidade, o Banco do Brasil, instituição financeira que irá oferecer o crédito, anunciou que irá disponibilizar ao produtor goiano R$ 160 milhões para essa modalidade de crédito.
O valor financiável é de até R$ 1 milhão por produtor rural, por ano-safra, com juros efetivos de 5,5% ao ano. Os investimentos devem ser empregados em ações que promovam a preservação das áreas de produção e reduzam a emissão de gases causadores do efeito estufa. José Mário alerta para a dificuldade dos produtores em terem acesso a essa modalidade de crédito. “Os juros são compatíveis com as taxas praticadas no País, mas o problema é o risco elevado de endividamento do produtor e a burocracia para ter alcance ao crédito que dificulta o acesso do produtor a essa linha de financiamento”, alerta.
O superintendente do Banco do Brasil, João Batista Filho, destacou que o Banco fez diversas ações para treinar e capacitar seus técnicos e gerentes para facilitar e desburocratizar o processo de tomada de crédito pelo produtor goiano. Segundo ele, o Banco está trabalhando neste projeto desde julho deste ano, e até agora, já negociou R$ 3,6 milhões em crédito e está com outros R$ 40 milhões em análise. “A nossa expectativa é que o governador possa, em breve, divulgar para o mundo que Goiás é o Estado brasileiro que mais faz agricultura de baixo carbono.”
NúmerosDe acordo com o governador de Goiás, Marconi Perillo, o lançamento do Programa e esses números preliminares mostram que Goiás é a maior evidência de que é possível uma alta produção agropecuária caminhar junto com o meio ambiente. “Nosso grande dever é conciliar a necessidade de produzir mais alimentos com a sustentação ambiental. Somos o primeiro Estado a sair a campo, com ações práticas, para cumprir as metas do Programa ABC.”
Segundo o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário, o Programa ABC, que é uma das principais ações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa, desenvolvidas pelas secretarias estaduais de Agricultura, pretende promover a redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias. Ele explica que o Programa também promete reduzir o desmatamento; aumentar a produção agropecuária em bases sustentáveis; adequar às propriedades rurais à legislação ambiental; ampliar a área de florestas cultivadas e estimular a recuperação de áreas degradadas.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado, Antônio Flávio Camilo de Lima, afirmou que produtor já utiliza parte da tecnologia estimulada pelo Programa. Segundo ele, o ABC tem boa aceitação entre os produtores rurais pela existência de linha de crédito favorável e sobretudo porque as tecnologias aplicadas visam também o aumento da renda e da produção. O presidente da Emater, Luiz Humberto Guimarães, entidade que também é parceira do projeto acredita que o Programa trará equilíbrio ecológico, sustentabilidade e retorno econômico para o produtor

Fonte : CNA

DECRETO DEFINE QUE CNA SERÁ RESPONSÁVEL PELA GESTÂO DOS PROTOCOLOS DE RASTREABILIDADE DE ADESÂO VOLUNTÁRIA


O Governo federal regulamentou a Lei 12.097, de 2009, que dispõe sobre a aplicação da rastreabilidade na cadeia produtiva de carnes de bovinos e de búfalos e definiu que caberá à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a gestão dos protocolos de rastreabilidade de adesão voluntária. A regulamentação foi feita por meio do Decreto 7.623, publicado na edição do Diário Oficial da União da última quarta-feira (22/11). Os protocolos definirão as regras que pecuaristas e frigoríficos precisam seguir para vender para determinados mercados. "Essa é uma forma de garantir maior transparência para o sistema de rastreabilidade, que, num primeiro momento, valerá para a carne exportada, mas poderá ser ampliado para o mercado interno", afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.
Na avaliação do presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, esse modelo facilitará o acesso dos produtores ao sistema de rastreabilidade, sem deixar de garantir o rigor necessário para o cumprimento das regras para exportação, em especial para a União Européia (UE). Atualmente, o bloco responde por cerca de 6% em volume e 11% em valor da carne bovina in natura exportada pelo Brasil. Para importar do Brasil, os europeus fazem uma série de exigências. A necessidade de a fazenda estar numa área livre de febre aftosa e da região ser habilitada pela União Européia são dois desses requisitos. "Os animais cuja carne será embarcada para o bloco precisam estar a pelo menos 90 dias na área habilitada para exportação e no mínimo a 40 dias na última propriedade antes de seguir para o frigorífico", acrescentou ele, lembrando que todas essas regras estarão contidas no protocolo, cujo modelo está em fase de elaboração.
O decreto estabelece, ainda, que a identificação dos animais pode ser feita a partir da marca a fogo, tatuagem ou outra forma permanente e auditável de marcação dos animais, permitindo a identificação do estabelecimento dos proprietários. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) será responsável por fornecer toda a numeração relativa à identificação individual dos bovinos e búfalos para efeito de rastreabilidade. Esse novo sistema terá como base a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), um banco de dados de informações integradas que será gerenciado em parceria com a CNA.  As informações do Banco de Dados Único (BDU), da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) e do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SigSif) integram a PGA, garantindo as informações necessárias para assegurar a rastreabilidade dos animais.
Fonte : CNA

BRASIL ADOTA VACINA CONTRA AFTOSA QUE NÂO DEIXA RASTRO DO VÍRUS

Ministério da Agricultura adota vacina sem traço ou vacina purificada.
Ela foi criada para acabar com a dúvida nos testes sorológicos.



Pesquisadores desenvolveram uma vacina que não deixa rastro para acabar com a dúvida se uma reação era positiva porque o animal tinha sido imunizado ou porque ele tinha tido contato com o vírus da doença.

A vacina diferenciada ou vacina limpa ganhou este nome porque durante o processo de desenvolvimento, os pesquisadores adicionaram uma etapa de purificação.

O veterinário José Carlos Morgado é o responsável técnico pelas vacinas. Ele explica que a vacina limpa visa apenas um grupo de proteínas existentes dentro do vírus da febre aftosa.

As doses são controladas desde o laboratório até o resultado no campo. Uma fazenda em Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo, tem mais de mil cabeças de gado. O produtor começou a usar a vacina este ano. Os primeiros lotes de animais receberam a dose há cerca de 10 dias e além das reações dos anticorpos, os veterinários perceberam menos efeitos colaterais. “Temos menos reações no rebanho em geral, o que é muito bom”, conta Murilo Brandimarte.

A mudança deve abrir ainda novos mercados aos produtores. “Isso significa para o Brasil que ele pode oferecer uma garantia que toda carne que sai daqui é de um rebanho que está protegido contra febre aftosa e está onde não existe circulação de vírus”, explica Morgado.
 
Desde 2009, todos os laboratórios do país fabricam apenas a vacina purificada, mas como o medicamento contra febre aftosa tem validade de dois anos, na campanha do ano passado ainda era possível encontrar a vacina do tipo antigo no mercado.

Fonte : Globo Rural

RALLY DA PECUÁRIA : DISPONIBILIDADE DE PASTO FICA ACIMA DO ESPERADO

O Rally da Pecuária, promovido pela Agroconsult e pela Bigma Consultoria, encontrou uma disponibilidade de pastagens maior que a esperada antes da expedição. De acordo com números apresentados pelos organizadores hoje, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a safra de pastagens no Brasil em 2011 é de 4,9 bilhões de toneladas de capim, 17% maior que as 4,2 bilhões de toneladas previstas.

Esse resultado se deve a outro dado que surpreendeu os participantes do rali: 55% dos produtores fazem algum tipo de adubação ou calagem, embora apenas 12% a pratiquem da forma recomendada. A expectativa era que apenas 15% usassem fertilizantes. A maior disponibilidade de pastagem também se deve ao peso dos animais, que em 2011 foram para o abate mais cedo e mais leves.

Maurício Nogueira, diretor da Bigma Consultoria, considerou que as informações levantadas pela expedição mostram que a pastagem, assim como outros produtos agrícolas, deveria ser tratada como safra, com programas de crédito, entre outras iniciativas. "O pasto tem que ser tratado como safra, investimentos têm que ser estimulados", disse. O levantamento entre os produtores mostrou que 75% desejam reformar o pasto. A maioria deles, 49%, quer reformar de 10% a 30% de suas áreas. No campo, contudo, o Rally verificou que 12% das áreas visitadas precisavam de reforma por causa do avançado estado de degradação. Outros 18% que ainda estão em processo de degradação poderiam ser recuperadas com tecnologias adequadas. A recuperação de pastagens custa cerca de 60% da reforma.

Cálculos da Agroconsult/Bigma mostram que seriam necessários cerca de R$ 50 bilhões para financiar a reforma e recuperação das pastagens no País. Um dos programas existentes para esse fim, o de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com juros de 5,5% e recursos do BNDES, tem previstos R$ 3 bilhões, mas o dinheiro é dividido entre várias atividades.

Dados levantados pelo Rally mostraram, ainda, que as fazendas pesquisadas tinham lotação média de 1,58 animal por hectare, ante 1,22 na média brasileira. O rebanho total amostrado foi de 1,3 milhão de cabeças em 796 mil ha. Dos pecuaristas pesquisados, 46% fazem o ciclo completo (cria, recria e engorda); 22%, cria; e 12,5%, engorda. Os organizadores esperavam um porcentual maior na cria e atribuíram a preferência pelo ciclo completo ao desejo do pecuarista de ter maior escala. "O produtor está coordenando melhor o ciclo e o Rally confirmou uma tendência de mudança de perfil", afirmou Nogueira.

Venda futura

Outro dado que surpreendeu os participantes foi o de que 22% dos produtores pesquisados usam algum tipo de venda futura dos animais, seja em contratos a termo (54%) com frigoríficos, seja com o uso de derivativos, como contratos futuros (14%) e de opções (31%). "O dado é surpreendente e animador", afirma André Pessôa, diretor da Agroconsult. Isso mostra um início de sofisticação nas estratégias de comercialização dos animais, avaliou. Maurício Nogueira, da Bigma, ainda lembrou que para realizar venda futura o produtor precisa saber qual seu custo de produção, informação que muitas vezes o pecuarista desconhece. "Cerca de 30% dos entrevistados disseram conhecer seu custo, embora não tenham revelado o valor", comentou.

Pessôa ainda lembrou que o índice de utilização de instrumentos de venda futura entre os pecuaristas supera os verificados na agricultura em geral, com algumas exceções nos segmentos de soja e algodão. Ambos ponderaram que a amostragem dos produtores que concederam informação para o Rally é de, provavelmente, pecuaristas que estão acima da média do mercado brasileiro. Alguns resultados da expedição, alertaram as consultorias, não podem ser extrapolados para nível nacional.

Oito equipes do Rally percorreram mais de 30 mil quilômetros de nove Estados que representam 75% do rebanho e 85% da produção de carne bovina do País: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pará, Tocantins, Rondônia e Paraná.

Um dos objetivos da expedição é criar uma base de dados sobre a pecuária, setor carente de informações técnicas. Os resultados serão apresentados em Brasília, no próximo dia 8 de dezembro.

Fonte : Globo rural

EXPOSIÇÂO AGROPECUÁRIA MOVIMENTA NEGÓCIOS EM MANAUS

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 O potencial rural do Amazonas abre espaço dentro da capital. Há 38 anos a Expoagro diverte e traz conhecimento.

Nas palestras, as informações são sobre os cuidados com o maior bem da Amazônia. "Nós temos um patrimônio enorme de florestas e temos que estabelecer regras de uso e conservação", explica Malvino Salvador, diretor de Gestão e Extensão Florestal/Idam.

O foco do evento são os agronegócios. Este ano a expectativa é que as negociações somem mais de R$ 30 milhões, pelo menos R$ 1 milhão a mais do que em 2012.

Bois, carneiros e cabras estão entre os animais mais vendidos da feira. Há quatro anos também ocorrem leilões de animais e materiais genéticos. A ideia é contribuir para a melhoria de qualidade do rebanho do Amazonas.

O governo federal deve investir este ano no estado cerca de R$ 100 milhões na agricultura familiar por meio de linhas de crédito, o que deve incentivar o pequeno agricultor e investir mais no setor dos caprinos e ovinos, que são os que mais crescem no estado. De 2005 para cá, o número de cabeças aumentou de 20 mil para 105 mil.

Munir Lourenço, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado, fala sobre os motivos do crescimento na criação. Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

VENDAS DE DEFENSIVOS E FERTILIZANTES DEVEM SER RECORDES EM 2011

As vendas de fertilizantes e defensivos agrícolas devem bater recordes históricos neste ano. As projeções otimistas foram apresentadas nessa segunda, dia 29, po representantes do setor na reunião da Câmara temática de insumos agrícolas, do Ministério da Agricultura.

Os dados da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda) mostram que as entregas ao consumidor final de janeiro a outubro deste ano somaram 23,896 milhões de toneladas, volume 19,1% superior ao observado em igual período do ano passado. As entregas neste ano devem atingir volume recorde, superando as 24,516 milhões de toneladas do ano passado e as 24,608 milhões registradas em 2007.

As indústrias de defensivos agrícolas também prevêem faturamento recorde neste ano, na casa dos R$ 15 bilhões. Os dados preliminares até outubro mostram que o setor obteve uma receita de R$ 10,199 bilhões, valor 10% acima do observado em igual período do ano passado.

O destaque é o aumento de 21% nas vendas de inseticidas, que atingiram R$ 3,512 bilhões, desbancando o segmento de herbicidas, tradicional carro-chefe do setor. As vendas de herbicidas cresceram 8% e atingiram R$ 3,455 bilhões no acumulado dos dez primeiros meses deste ano.

As vendas de fungicidas cresceram 3% e somaram R$ 2,750 bilhões. O diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, observa que em função da continuidade das chuvas, que aumenta o risco de incidência da ferrugem, as vendas de fungicidas devem aumentar.

Os dados relativos a outubro deste ano mostram que houve aumento de 20% nas vendas em relação ao ano passado. As vendas totais de defensivos em outubro somaram R$ 1,919 bilhão, valor 15% acima do mesmo mês do ano passado.

O economista e presidente da Câmara, Luiz Antônio Pinazza, diz que os números sobre as vendas de insumos refletem o bom momento da agricultura, mas alerta para o fato de o Brasil não ter uma política de seguro anticíclica neste momento de incerteza em relação ao clima. Ele diz que o risco existe, pois desde 2004 a safra brasileira não sofre com uma adversidade climática séria.

Fonte : Ruralbr

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TENTATIVAS DE BAIXA AUMENTAM NO MERCADO DO BOI GORDO

Recuos das cotações da carne no atacado pressionam pela baixa da arroba, que está cotada a R$108,00 em São Paulo

As tentativas de baixa estão mais fortes no mercado do boi, apesar de não ocorrer volume significativo de negócios nesses patamares. O principal motivo é o recuo das cotações da carne no atacado. Há dificuldade para escoamento da produção, que acontece, principalmente, com o corte dianteiro.

Os vendedores tentam minimizar a queda, mas a redução da demanda em função do fim do mês impacta nos preços. Por outro lado, a oferta de animais terminados é curta, o que limita a pressão baixista.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, no fechamento dessa quarta, dia 23, a referência se manteve em R$108,00/arroba, a prazo, livre de imposto.

Em Goiás, as tentativas de recuo foram mais fortes, o que levou à cotação das duas praças pesquisadas para R$101,00/arroba, a prazo, livre de imposto.

No atacado de carne com osso, a cotação do boi casado de animais castrados ficou em R$6,78/quilo.

MISSÕES VETERINÁRIAS DA VENEZUELA E FILIPINAS INSPECIONAM ESTABELECIMENTOS BRASILELIROS

Operação é para renovação de licenças de empresas exportadoras de carne

Missões veterinárias da Venezuela e República das Filipinas inspecionarão estabelecimentos brasileiros para renovar licenças de empresas exportadoras. Os técnicos venezuelanos realizarão as visitas entre o próximo sábado, dia 26, e o dia 3 de dezembro. Já os representantes das autoridades sanitárias do país asiático entre a próxima terça, dia 29, e 10 de dezembro.

A visita venezuelana, a segunda etapa de uma série de três missões, contará com quatro equipes simultâneas de inspeção, que visitarão 40 estabelecimentos de aves, suínos e bovinos no Paraná, em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goiás. O grupo será acompanhado por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e receberá apoio da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carnes Suínas (Abipecs).

Em 2010, a Venezuela foi o país que mais importou carne de frango brasileira nas Américas. Foram 164,4 mil toneladas, com uma receita de US$ 282,8 milhões. Segundo o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, ainda há espaço para o Brasil aumentar o comércio do produto com o país.

– O agendamento dessa visita mostra que há interesse do país em manter e expandir as suas importações de frangos e ovos férteis – afirma.

Já a missão filipina inicia seus trabalhos em plantas frigoríficas de aves e suínos pelo Rio Grande do Sul, seguindo depois para Santa Catarina e, posteriormente, São Paulo. Durante o trajeto, seus integrantes também serão acompanhados por técnicos do MAPA e receberão apoio da Ubabef. O país asiático fechou 2010 com a importação de 18,8 mil toneladas de frango do Brasil, gerando uma receita cambial de US$ 10,5 milhões.

Fonte: Ruralbr

MICROCRÉDITO PRODUTIVO ORIENTADO EMPRESTA MAIS DE R$ 8 MILHÔES EM DOIS MESES

Meta do Banco do Brasil é ultrapassar os R$ 111 milhões até o final deste ano

A linha de financiamento do Banco do Brasil Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) registrou desembolso de R$ 81,7 milhões, média diária de R$ 2,8 milhões, em dois meses de operação. Os números foram divulgados nesta quarta, dia 23, pela instituição, que revela ainda que o valor é referente a 20,25 mil operações. A expectativa da instituição é superar a meta de R$ 111 milhões até o final do ano.

Além de promover a inclusão bancária, a linha de financiamento promove a geração de trabalho e renda para empreendedores de atividades produtivas de pequeno porte, de acordo com o programa de governo para inclusão financeira.

Microempreendedores informais, empreendedores individuais e microempresas com faturamento bruto anual até R$ 120 mil fazem parte do público-alvo. O prazo é de até 36 meses, com taxa de juros de 0,64% ao mês e tarifa de abertura de crédito de 1% sobre o valor da operação. Não há incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Fonte : Ruralbr

terça-feira, 22 de novembro de 2011

CHUVAS ESPERADAS PARA GRANDE PARTE DO PAIS DEVEM FAVORECER O DESENVOLVIMENTO DE PASTAGENS

Apesar da previsão de chuva, precipitação abaixo da média no noroeste de Minas Gerais, norte da Bahia e em regiões nordestinas prejudicam pastagens e a engorda dos animais

As chuvas ocorridas em boa parte das áreas de pecuária do Brasil durante essa última semana favoreceram a manutenção e elevação da umidade do solo, dando plenas condições ao desenvolvimento e crescimento das pastagens.
Para esta semana, são esperadas chuvas em grande parte do país, abrangendo desde os Estados do Sul até a região Norte. Contudo, os volumes esperados só serão elevados sobre os Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Na região centro-sul do Rio Grande do Sul, o tempo permanecerá aberto e sem previsão de chuvas. Isso poderá agravar a situação das pastagens, já que diminuirá os níveis de umidade do solo e, consequentemente, irá afetar o crescimento das pastagens nativas de verão, podendo gerar uma diminuição na produção de leite. No Nordeste, continuará uma condição de tempo mais seco e, portanto, uma condição desfavorável ao desenvolvimento das pastagens.
Apesar das boas condições de desenvolvimento das pastagens, ainda existem regiões onde os volumes de chuvas estão abaixo da média e na maioria das vezes bem irregulares, como nas regiões noroeste de Minas Gerais, norte da Bahia e em grande parte das regiões nordestinas. Dessa maneira, os índices de produtividade de leite e as taxas de engorda dos animais estão abaixo da média para o período, afetando a oferta desses produtos no mercado regional.
Nas demais regiões de pecuária, onde as chuvas vêm ocorrendo de forma mais regular, os teores nutricionais das pastagens encontram-se bons, dando condições para suprir toda a demanda alimentar dos rebanhos e elevando os índices de produtividade. Isso resulta em uma oferta maior de animais jovens para a engorda, além de manter os índices de produtividade do leite em patamares satisfatórios.

Fonte : Ruralbr

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

RAIZEN ESPERA GERAR 1,3 MIL MW COM USO DE PALHA DE CANA DE AÇUCAR

Companhia é a maior produtora de bioeletricidade a partir de bagaço do vegetal no Brasil, com oferta de 900 megawatts

A Raízen se prepara para iniciar a cogeração de energia elétrica a partir da palha de cana-de-açúcar. A informação é do presidente do Conselho de Administração da companhia, Rubens Ometto. A Raízen é a maior produtora de bioeletricidade a partir de bagaço de cana no Brasil, com a oferta de 900 megawatts. A expectativa é de que com o uso de palha esse volume passe para no mínimo 1,3 mil MW na safra 2015/16. 
Ometto afirma que a Raízen continuará buscando crescer por meio de aquisições e construção de ativos que tragam sinergia para os atuais negócios da companhia. O executivo afirmou que a empresa, associação entre Cosan e Shell, está crescendo em uma velocidade maior do que a esperada.

 – A Raízen já é a segunda empresa da área de distribuição de combustíveis do País – diz.
Ele salienta que existe grande empenho por parte da companhia para concretizar as ações que foram descritas no edital de abertura de capital da Cosan.

Fonte : Ruralbr
– O papel aceita tudo e muitas empresas abriram capital apenas para conseguir recursos baratos. A Cosan está se esforçando para cumprir o prometido e crescer – complement
a

PRODUTORES REALIZAM MUDANÇAS EM PROPRIEDADES ANTES DA APROVAÇÂO DO CÓDIGO FLORESTAL

A cada discussão em Brasília sobre o Código Florestal aumenta a ansiedade e preocupação dos produtores rurais. Alguns estão antecipando as mudanças na propriedade para não correrem o risco de serem punidos pela legislação. Só que nem sempre é fácil nem barato fazer o que precisa.
As mudas de ingá, pitangueiras, e de uma dezena de árvores nativas são o mais novo investimento do produtor Antônio Furtado, que tem uma propriedade em Paranapanema, a 240 quilômetros de São Paulo. Ele e o irmão são sócios e produzem batatas, mais de 400 mil sacas por ano.
No inicio do ano passado o produtor estava fazendo irrigação na lavoura. Naquela época ele já estava preocupado com o que poderia acontecer com as mudanças no Código Florestal. Ele já tinha comprado 70 mil mudas de árvores para plantar nas margens do lago que tem na propriedade. As mudinhas cresceram e o produtor já plantou outras 45 mil.
Além de ser produtor de batata, ele produz milho, trabalha com pecuária e planta soja. Para compensar todo o déficit ambiental, como determina a lei, ele teria que plantar árvores em mais 500 hectares. O problema é que não existe área disponível, e sem contar que é um custo a mais para o produtor.
Antônio faz parte de uma associação de produtores que tem o mesmo problema que ele. O presidente da entidade, Alfonso Sleutje, diz que 70% das áreas são irrigadas, e que os produtores usam água dos rios ou lagos e preservam a mata ciliar. Mas para que ninguém continue na ilegalidade, seriam necessários mais 2,4 mil hectares de reserva. A associação estuda a compra de uma área que regularize a situação de todo mundo de uma vez só.
O custo a mais para compra de novas áreas, ou mesmo para o plantio de árvores, os produtores já sabem que não vai ser fácil pagar. Mas a essa altura, com ou sem mudança no código, eles não tem muita escolha.

Fonte : Ruralbr

AGRICULTORES DO RIO GRANDE DO SUL REIVINDICAM CLAREZA SOBRE CÓDIGO FLORESTAL

Agricultores do Rio Grande do Sul demonstram insegurança e se dizem perdidos quanto ao novo texto doCódigo Florestal. Eles reivindicam mais clareza sobre a geografia de cada região. Em Dois Irmãos e Morro Reuter, a 60 quilômetros de Porto Alegre, os produtores rurais se dizem preocupados com a demora na aprovação do relatório. A região é uma encosta de serra, a maior parte formada por propriedades de até 20 hectares. A produção se concentra em silvicultura e citrus.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Dois Irmãos e Morro Reuter, Pedro Becker, é necessário esclarecer alguns pontos para os agricultores.
– Não tem outra opção na região Sul. É encosta de serra mesmo, declínio de 45 graus, perto de riachos. E não está claro de que forma os produtores possam permanecer em suas propriedades – diz.
De acordo com Becker, caso o Congresso não leve em conta as peculiaridades da região, 70% dos produtores podem ficar sem alternativa de produção.
– Precisamos da compreensão do Congresso e que seja mais clara a forma como nosso código está sendo visto. É preciso conhecer a fundo nossas propriedades e seus diferenciais – aponta.
O mesmo pensa o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Elton Weber. Ele afirma que as principais preocupações de quem vive no campo são as alterações no texto que ainda podem ser feitas no Senado, principalmente  em relação às áreas consolidadas.
– Nós temos áreas consideradas consolidadas que são ocupadas com atividades há muitos anos e que pelas regras atuais seriam consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs). Se não pudermos tratar este assunto de forma diferenciada, os agricultores, principalmente familiares, terão prejuízo – afirma.
Weber acredita ser possível produzir de forma sustentável até mesmo nessas áreas.
– Não é com fita métrica de tantos e tantos metros que você faz preservação ambiental. Ela vem de práticas sustentáveis de consciência. A sociedade tem de entender que não dá para produzir ou desenvolve sem mexer no meio ambiente – opina.

Fonte : Ruralbr

OPERAÇÂO CONTRA A AFTOSA INTERDITA OITO ABATEDOUROS CLANDESTINOS NO RS

Secretaria Estadual da Agricultura realizou ação na região Noroeste após alerta sanitário emitido no final de setembro

Oito estabelecimentos que realizavam abates clandestinos foram interditados e seis bovinos em situação irregular foram encaminhados para abate sanitário no Rio Grande do Sul durante ações de fiscalização do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria Estadual da Agricultura no Noroeste do Estado. O trabalho iniciou a partir da constatação de um foco de febre aftosa no Paraguai, no final de setembro. O balanço das atividades foi divulgado nesta segunda, dia 21.
Foram fiscalizados 12,961 mil bovinos, em 319 propriedades vistoriadas. Nas 230 barreiras montadas, foram parados 2,402 mil veículos e fiscalizadas 322 toneladas de carne, com a apreensão de 1,573 mil quilos. A atuação das equipes, que contaram com o apoio da Brigada Militar e do Exército, também compreenderam atividades de educação sanitária, com a participação de 7,406 mil pessoas.

Fonte : Ruralbr
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