segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Retomada o plantio da safra de milho pelos produtores rurais de Jatai


A terra úmida é sinal de que a chuva voltou a cair com mais intensidade.
Na fazenda dos irmãos Gazarini, no município de Jataí, sudoeste de Goiás, o plantio do milho que começou no meio de outubro teve que ser suspenso por quase uma semana, por causa da estiagem.
Com as chuvas dos últimos dias, as máquinas voltaram para a lavoura. Onde o trabalho já havia sido concluído, o milho começou a brotar.
Este ano, a área de milho plantada no município teve uma redução de 50% em relação ao ano passado. De acordo com dados do IBGE, em 2011, 16 mil hectares de terra foram utilizados para o cultivo do grão, enquanto nesta safra, a área é de apenas oito mil hectares.
Em todo o estado, cerca de 438 mil hectares de milho devem ser plantados. De acordo com a CONAB, a Companhia Nacional de Abastecimento, a área é 20% menos que a do ano passado. O principal motivo dessa redução é a valorização da soja no mercado.
Na região de Jataí, 70% da área destinada ao milho já foi plantada. De acordo com um levantamento da Federação da Agricultura de Goiás, a expectativa é que, na safra de verão, sejam colhidos quatro milhões de toneladas de milho.

Fonte G1.com

sábado, 3 de novembro de 2012

Falta de chuvas uniformes pode gerar replantio de soja 12/13 em MT


Com a irregularidade de chuvas em Mato Grosso muitos produtores de soja correm o risco de ter que replantar a safra 2012/13. A situação mais crítica é na região oeste, onde o volume acumulado em agosto ficou entre 25 e 50 milímetros. A preocupação é que este atraso afete a próxima safra de milho. Até esta quinta-feira (1º) o plantio no estado alcançou 62,3% dos 7,8 milhões de hectares previstos para a temporada, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O produtor Alysson Rotta, de Sapezal, a 473 quilômetros de Cuiabá, relatou que até o momento foram registrados 70 milímetros de chuvas na sua propriedade desde o início do plantio. "Se não chover nos próximos quatro dias, correremos o risco de replantar. Já tem duas semanas que a semeadura está parada. A preocupação é que os produtos da próxima safra estão todos comprados".
A situação não é diferente para a produtora e engenheira agrônoma, Amanda Miranda Diavan, de Campo Novo do Parecis, a 397 quilômetros de Cuiabá. Ela semeou aproximadamente 1,4 mil hectares, mas em pelo menos 600 hectares a sojanão brotou. "Ainda não sabemos se vamos ter que replantar e nem do tamanho de quanto poderá ser este prejuízo", pontuou.
O técnico agrícola da Fundação Mato Grosso, José Antônio da Costa, explicou ao Agrodebate que no início do plantio da safra no estado que o ideal de umidade no solo é de 100 milímetros em média. Esse volume corresponde à 100 litros de água distribuídos em um metro quadrado.
A região médio norte do estado é que segue com melhor volume acumulado de chuvas até o momento. Parte desta região pode apresentar índices de 150 a 200 milímetros, segundo no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A previsão é que ocorra aumento do acumulado de chuvas no estado entre os dias 4 e 10 de novembro, como consta no último boletim do Imea.
PlantioTodas as regiões de Mato Grosso apresentam atraso no plantio em relação a temporada anterior. Até o dia 1º de novembro, a região que mais apresentou recuo na semeadura foi a região centro-sul, que está com 24,2 pontos percentuais de desvantagem se comparado com o dia 3 de novembro de 2011. Em seguida aparece a região oeste (-23,8 pontos percentuais) e noroeste (-18,7 pontos percentuais).


AVICULTORES RECLAMAM QUE ESTÁ DIFICIL ENCONTRAR TRABALHADORES EM GO


Em mais de 400 granjas em Rio Verde, sudoeste goiano, há cerca de 12 milhões de aves. Só em um frigorífico são abatidos mais de 300 mil animais por dia. O crescimento do setor tem atraído muita gente para o município, mas mesmo assim, os granjeiros têm dificuldade para encontrar pessoas interessadas em trabalhar.
Uma das alternativas dos produtores tem sido procurar o Sine, Serviço Nacional de Emprego. De janeiro à setembro deste ano foram oferecidas 450 vagas. O problema é que menos da metade foi preenchida.
A presidente da Associação dos Granjeiros e Integrados de Rio Verde, Débora Ferguson, explica que o trabalhador chega a receber três salários mínimos e outros benefícios como aluguel e alimentação.
Em uma granja que fica a 25 quilômetros da cidade, Vanusa de Sousa é supervisora de um núcleo com 35 mil aves. Na granja onde ela trabalha tem 105 mil galinhas, que produzem cerca de 90 mil ovos por dia. Ela está no ramo há oito anos e conta que viu nas aves uma oportunidade para crescer.
Quem também aproveitou a chance de emprego fixo e carteira assinada foi Sidney Silva. Há um ano se tornou gerente da granja onde Vanusa trabalha. Ele e a família moram na vila habitacional dentro da propriedade.
Sidney e a esposa, Elza Silva, trabalham cerca de sete horas por dia, cada um em uma função. Quando encerram o expediente, eles vão para casa, que fica na granja mesmo. O bom é que eles não pagam aluguel, alimentação, água e luz. Tudo isso está incluso como benefício.
No Triângulo Mineiro, os agricultores também enfrentam problemas para encontrar mão-de-obra qualificada. Adílio Camargo Júnior, zootecnista do Senar, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, explica o que está sendo feito na região para minimizar o problema.

Fonte: Globo Rural

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ferrugem Asiática - encarecendo as lavouras



Desde quando se instalou no Brasil, mais de US$ 158 bilhões já foram gastos com a ferrugem. Uma das saídas é o produtor se atentar a adoção do vazio sanitário em suas lavouras.


Entra safra, sai safra e a preocupação com a ferrugem asiática sempre fica martelando a cabeça dos produtores de soja no País. Segundo dados do Consórcio Antiferrugem (formado por instituições representantes de diversos segmentos da cadeia produtiva da soja como fundações, universidades, institutos de pesquisa, entidades representantes de fabricantes de insumos e cooperativas de produtores), desde o primeiro foco da doença registrado no País, foram gastos aproximadamente US$ 158,15 bilhões entre custo médio dos produtos e da operação de aplicação, somados à perda em grãos e arrecadação.

Este número é considerado bastante expressivo e que demonstra o quão difícil é combater este fungo que se espalhou praticamente em todos os Estados produtores de soja e que são afetados de maneira contundente, variando sua incidência a cada safra. Entre os locais mais atingidos em maior escala encontram-se o Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Bahia.

O pesquisador da Embrapa Soja e membro do Consórcio Antiferrugem, Rafael Moreira Soares, revela que para tentar um maior combate a esta doença foi criado o vazio sanitário, ou seja, um período em que é proibido ter soja no campo durante a entressafra. Ele explica que o fungo precisa da planta viva pra se desenvolver, sendo assim, serve para diminuir e matá-lo. “Infelizmente, muitos agricultores não seguem esta estratégia e em algumas regiões há falha de fiscalização. Com isso, neste ano, principalmente no Estado de Mato Grosso, já se tem muita soja no campo na entressafra infectada pela ferrugem”. Para ele o bom funcionamento do vazio não depende só da fiscalização governamental, que deve ser feita, mas também do comprometimento dos proprietários em fazer o controle.

A fiscalização do vazio cabe aos governos estaduais, que enviam técnicos pelas lavouras de suas regiões. Segundo Soares, não existe nenhum Estado que tenha um corpo de fiscalização técnico pra cobrir 100% das áreas. Em relação às punições, em casos de descumprimento da medida de controle, o produtor primeiro leva um aviso e caso haja a persistência do erro, há a punição na propriedade. “Cada Estado tem uma legislação própria, ou seja, o valor da multa varia. Nota-se que neste ano, em Mato Grosso e no Paraná têm ocorrido bastantes punições”, declarou.

Com o início da safra 2012/2013, o especialista faz um alerta para os cuidados com a doença e uma previsão para o período. “Estima-se que seja uma safra preocupante em relação à ferrugem, pois ela sobreviveu à entressafra”, relata. No Rio Grande do Sul, por exemplo, não existe o vazio sanitário, pois lá o inverno é muito rigoroso e é o suficiente para matar o fungo causador da ferrugem. No Paraná, a geada pode também dar conta, mas em anos mais amenos como tem sido este, o fungo pode sobreviver e prejudicar a produção. Ainda segundo o pesquisador, nas regiões mais secas, em geral, o agente patológico não sobrevive, pois o calor mata a planta da soja. “Mas, como neste ano choveu um pouco mais do que esperado por lá, a ferrugem também sobreviveu”, pondera. “Isso tudo serve de alerta para que os produtores fiquem de olho e sempre controlem suas propriedades”, declarou Soares.

A expectativa é que este ano seja um bom ano para a lavoura. Isso quer dizer também um ano bom para o fungo. De acordo com Soares, é muito complicado lidar com a ferrugem, pois se há bastante chuva, que é boa para a soja, há também as condições ideais para o desenvolvimento da doença, em função do fungo gostar de umidade e chuva abundante. “As previsões deste ano em relação ao fenômeno El Niño são boas para a soja, só que são ruins ao mesmo tempo porque vai acabar ajudando a aumentar a fonte de inóculo”, explicou.

Soares comentou que a nova cultivar da Embrapa tem resistência à ferrugem e foi adaptada as diferentes regiões, devidos ás suas necessidades. “Estamos trabalhando e iremos lançar novas cultivares, talvez em dois ou três anos. A soja é diferente em cada região do Brasil, pois o tamanho varia e nossas cultivares seguem isso para atender à todos”.

Controlando a ferrugem!

Nos últimos anos, o segmento de fungicidas tem enfrentado diversos desafios para auxiliar o produtor no manejo das doenças que atacam as lavouras, principalmente da ferrugem asiática que evolui cada vez mais e tem se tornado resistente aos produtos disponíveis no mercado. Por isto, a descoberta de novas moléculas é essencial para o controle da doença.

Para se livrar ou pelo menos diminui-lá na lavoura, quanto às estratégias de controle, é necessário iniciar na entressafra o manejo da cultivar da soja e isso varia de região para região. Caso haja a possibilidade da germinação voluntárias de soja durante a entressafra, as mesmas devem ser dessecadas ou eliminadas mecanicamente. “Atualmente o melhor manejo é o controle químico, com aplicação de fungicidas. Porém, antes da aplicação é preciso fazer o monitoramento da lavoura para procurar a presença da ferrugem, assim, quando detectado, pode-se aplicar o produto químico com mais eficiência e com isso, terá o retorno mais rápido possível. A aplicação preventiva do fungicida é recomendada a partir do florescimento da soja. Por fim, a recomendação é plantar mais cedo cultivares, pois isso ajuda na aplicação”, comenta Soares sobre os métodos preventivos à ferrugem.

Hoje em dia, é comum encontrar em propriedades, pulverizadores mal regulados, o que não ajuda o produtor e só beneficia o fungo causador da doença. A pulverização faz parte da tecnologia que está à disposição dos donos das lavouras para o combate. Para o gerente de Marketing de Cultivos Centro Norte Soja e Feijão da Basf, Nilson Caldas a tecnologia é imprescindível para que não haja a perda da lavoura e principalmente na busca de melhores resultados de produtividade.

Caldas diz que a empresa vem se pautando para atender os produtores em relação à tecnologia com soluções para agricultura, oferecendo serviços no que se refere à proteção de cultivos e rentabilidade das lavouras. “O objetivo da companhia é que seus clientes possam produzir mais e melhor, sem necessariamente aumentar suas áreas plantadas. Primamos por todo este esforço para estar cada vez mais próximo do produtor, auxiliando-o a produzir de forma sustentável e tendo como consequência uma melhor rentabilidade”, declarou.

Em 2010, a empresa lançou o Sistema AgCelence Soja, que é baseado em três produtos dos quais o primeiro tem como princípio ativo fipronil + piraclostrobina + metil tiofanato, o segundo piraclostrobina, e o terceiro, piraclostrobina + epoxiconazol. Além do controle fitossanitário, esse sistema proporciona relação de transformação da água, luz e nutrientes em energia e grãos. Os estudos realizados a campo apontam que esse modelo pode proporcionar um aumento de até 5% na produtividade ou algo em torno de três sacas a mais por hectare, caso todos os procedimentos sejam seguidos corretamente. Além disso, o Sistema AgCelence Soja combina práticas desde a semeadura até a colheita, pois na fase intermediária já é possível verificar que as plantas estão mais verdes e com mais folhas e galhos. “Na terceira etapa é visível o nível de sanidade, permitindo a manutenção da área foliar e o número maior de vagens”, conta Caldas.

Para Everson Zin, gerente de Estratégia de Marketing de Novos Produtos da Bayer CropScience, nas últimas décadas, o Brasil vem tendo destaque no cenário mundial com o desenvolvimento de novas tecnologias para o combate das doenças que atingem as lavouras. “O País já possui excelentes ferramentas no manejo da ferrugem, com variedades adaptadas para todas as regiões produtoras, pesquisas abrangentes, que resultam em maior conhecimento da doença aos pesquisadores e agricultores, além de fungicidas adequados”. Ele conta que a empresa tem investido em pesquisas que resultaram na descoberta de uma alternativa de fungicida para o sojicultor do qual o princípio ativo é baseado em trifloxistrobina + protioconazol.

Além disso, a Bayer CropScience, desde a safra 2005/2006, possui o programa Base Line, que trabalha no monitoramento da sensibilidade da ferrugem aos fungicidas comerciais de diversos grupos químicos por meio de metodologia desenvolvida por pesquisadores do Centro de Pesquisa e Inovação Bayer CropScience no Brasil, em conjunto com especialistas do Instituto de Fungicidas da empresa em Monheim, na Alemanha, sendo reconhecida e adotada pelo Comitê Internacional de Ação de Resistência a Fungicidas (FRAC, sigla em inglês).

Não ficando de fora, a Syngenta com seu principal produto do portfólio de fungicidas que tem como princípio ativo a azoxistrobina + ciproconazol, realizou durante o mês de setembro diversas atividades destinadas aos produtores, consultores e distribuidores, com o intuito de alertá-los sobre a ferrugem e como controlá-la. O gerente de Fungicidas do Brasil da empresa, Léo Zappe, conta que a empresa desenvolve o sistema Syntinela, que são pequenas parcelas de lavouras de soja, plantadas um pouco mais cedo que as áreas comerciais, e que serviam para identificar os primeiros focos da doença nas diferentes regiões produtoras do Brasil, alertando os produtores da presença do fungo na região e garantindo que as medidas de controle fossem adotadas no momento correto. “A Syngenta tem pesquisado e desenvolvido variedades mais tolerantes à ferrugem e novos fungicidas mais eficientes para o controle do fungo causador dessa doença. Espera-se que algumas dessas variedades e um desses novos fungicidas logo estejam disponíveis para o produtor”, declarou Zappe.

O principal método de controle é o controle químico com a utilização de misturas prontas de estrobilurinas aliado aos triazóis, segundo o representante da multinacional. “Percebemos que, quando as aplicações são feitas com a doença instalada (curativa) ou não são realizadas nos intervalos recomendados pelos fabricantes, não há um controle efetivo e o número de aplicações é aumentado. Fungicidas eficientes, aplicados preventivamente, e de acordo com as recomendações do fabricante quanto ao uso de adjuvante, intervalo de aplicação, ainda são as principais ferramentas de controle, para evitar que a doença adquira proporções epidêmicas sérias na soja. Mas, também é importante que sejam tomadas medidas integradas de controle, como por exemplo, entre outras, variedades mais tolerantes à ferrugem, eliminação de plantas hospedeiras (soja guaxa) e que principalmente, o respeito ao vazio sanitário”.

Do Japão ao Brasil

Com origem no Japão, no ano de 1902, a ferrugem é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e atrapalha a produção da soja, uma vez que ela reduz a produtividade da plantação através da desfolha precoce que irá ocasionar uma redução na produção de grãos. Os sintomas causados pela ferrugem começam nas folhas inferiores da planta e são caracterizados por minúsculos pontos mais escuros do que o tecido sadio da folha, com coloração de esverdeada a cinza-esverdeada. Essas lesões provenientes da fase inicial da infecção são muito difíceis de ver a olho nu, sendo necessário posicionar a folha contra um fundo claro ou então com a utilização de uma lupa. Correspondente aos minúsculos pontos iniciais observa-se, no verso da folha, a formação de estruturas de reprodução do fungo, que se apresentam como pequenas saliências na lesão. A observação das estruturas é a principal característica que permite a distinção entre a ferrugem da soja e outras doenças com outros sintomas semelhantes, como o crestamento bacteriano, a mancha parda e a pústula bacteriana. As lesões da ferrugem tendem para o formato angular, podendo aparecer nos pecíolos, vagens e caules. Aqui no Brasil, a ferrugem asiática foi vista pela primeira vez na safra 2001/2002.



Fonte: RevistaRural.com

Senar e Sebrae firmam parceria para melhoria da qualidade do Leite




A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), senadora Kátia Abreu, assinou, nesta quarta-feira (24/10), convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para a execução do Projeto Produção de Leite de Qualidade. A iniciativa vai promover a capacitação de produtores rurais das principais bacias leiteiras do país para atender os padrões de qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). "Queremos ter como foco os pequenos e médios produtores que utilizam o leite para vender e ter renda. Estas ações irão ajudar a fortalecer a classe média rural, que é uma das nossas prioridades", disse a senadora Kátia Abreu.

Ao falar da parceria, a senadora destacou as condições do Brasil para ampliar a produção e a produtividade "sem precisar desmatar novas áreas". "Podemos fazer muito com ações simples e sem prejudicar nossa sustentabilidade", enfatizou. Lembrou que, graças às tecnologias desenvolvidas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o setor agropecuário ampliou sua produtividade e o preço dos alimentos ficou mais barato para a população. "Chegamos onde estamos sem logística, com baixa assistência técnica e alta carga tributária. Quem mais ganhou com isso foi a sociedade. As famílias brasileiras, que há 50 anos gastavam metade da renda com alimentação, hoje gastam 13%, 14% do orçamento com comida. Temos uma dívida de gratidão com a Embrapa", afirmou.

Ela defendeu, também, que os produtores tenham mais acesso à assistência técnica e à extensão rural, como forma de ampliar e fortalecer a classe média rural no Brasil. Neste contexto, a presidente da CNA informou que está discutindo com o governo a criação de um órgão voltado para esta finalidade. A senadora abordou, ainda, outras ações que a CNA vem desenvolvendo para fortalecer a qualidade dos produtos agropecuários e a qualidade do setor. Uma delas foi a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), desenvolvida em parceria com o Mapa para integrar a base de dados de todo o rebanho brasileiro. "Começamos a PGA com a pecuária de corte, mas estenderemos para a pecuária de leite e a outras culturas", frisou.

Outra iniciativa mencionada foi a campanha Time Agro Brasil, para consolidar a imagem do agronegócio sustentável no Brasil e no exterior e que tem como estrela o Rei Pelé. Em relação a ações específicas para os produtores de leite, ela defendeu que eles tenham mais facilidade de acesso ao crédito para financiar os tanques de resfriamento de leite. "Esse financiamento pode ser obtido junto às cooperativas", ressaltou a senadora, na presença do secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha. Pediu, ainda, a desburocratização das regras para a comercialização de queijos artesanais. "As regras existentes hoje praticamente inviabilizam a venda de queijos artesanais brasileiros para outros países, enquanto todo o mundo comercializa esses produtos", justificou.

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Nacional e vice-presidente da CNA, Roberto Simões, o programa Produção de Leite de Qualidade poderá ajudar o Brasil a ser um dos principais mercados mundiais de leite. "Temos condições de ser um dos principais players com ações simples, inovadoras e de baixo custo", enfatizou. Na avaliação do diretor-presidente do Sebrae, Luiz Barretto, a parceria vai reforçar a boa imagem dos produtos brasileiros no exterior. "O Brasil, que hoje é o quinto produtor mundial de leite, poderá ser o terceiro nos próximos anos", disse. Já o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha, disse que o governo será parceiro do setor privado para melhorar a qualidade do leite.

A amtéria é da Assessoria de Comunicação CNA adapatad pela Equipe Milkpoint



Fonte : Milkpoint.com.br


CURSO ONLINE DE PRODUÇÃO ECONÔMICA DE SILAGEM



Programa do curso

Módulo 1 - Planejamento

• Por que ensilar?
• Necessidade x dimensionamento
• Localização da área de corte e silos
• Plantio e colheita

Módulo 2 - Escolha do volumoso

• Descrição das opções de volumosos para ensilagem
• Vantagens e desvantagens
• Custos de produção

Módulo 3 - Plantio e condução

• Plantio
• Adubações
• Condução da lavoura

Módulo 4 – Colheita

• Ponto de corte
• Logística
• Tamanho de partícula
• Maquinário

Módulo 5 – Ensilagem e desensilo

• Tipo e dimensionamento de silos
• Compactação e fermentação
• Manutenção
• Máquinas e insumos
• Amostragem para análise de qualidade


Instrutores

Antony Hilgrove Monti Sewell, Engenheiro Agrônomo pela ESALQ/ USP, mestre em Ciência Animal e Pastagens e MBA em Agronegócios pela mesma instituição. É consultor em agropecuária há mais de 20 anos, atendendo em vários estados brasileiros e possui vasta experiência em projetos agropecuários, nutrição animal usando subprodutos da agricultura e produção de volumosos por sistemas de integração agricultura-pecuária. Atua com consultor desde 1985 e é sócio diretor da Boviplan Consultoria Agropecuária Ltda.


Andrea Brasil, é Engenheira Agrônoma formada pela ESALQ/USP, mestre e doutora em Ciência Animal e Pastagens pela mesma instituição. Atua na área de coordenação de projetos na Boviplan Consultoria Agropecuária, desde 2008 e, atualmente é sócia da empresa que há 29 anos atua no ramo de consultoria em produção agropecuária.


8 motivos para você fazer esse curso

1. Você reduzirá gastos com o trajeto para transportar silagem através do dimensionamento correto da área e da localização do silo
2. Garantirá a qualidade da silagem identificando o correto ponto de corte do volumoso, o tamanho da partícula e o maquinário adequado
3. Fornecerá alimento adequado ao rebanho conforme o planejamento à necessidade dos animais garantindo mais eficiência e lucratividade em sua produção
4. Reduzirá perdas aprendendo como ensilar e desensilar corretamente, além de converter todo o trabalho de escolha do híbrido, plantio, adubação, tratos culturais, etc, em volumoso de boa qualidade
5. Aumentará a produtividade e reduzirá custos por tonelada produzida
6. Você receberá um DVD com o conteúdo completo do curso para assistir quantas vezes quiser em sua televisão (o DVD será enviado ao final no curso)
7. Aumente sua rede de relacionamentos, pois você poderá trocar experiências com pessoas de diferentes regiões do país
8. Você terá acesso a todas as interações (perguntas e respostas) dos fóruns das edições anteriores, enriquecendo em muito o aproveitamento desse curso

Depoimentos

Erasmo Martins Agostinho (Pirapora-MG)
"Os cursos AgriPoint são muito bons, com um conteúdo bastante proveitoso e professores empenhados em transmitir conhecimentos ao aluno. Fiquei muito feliz em poder participar do curso Produção Econômica de Silagem, através deste curso pude aprender novas técnicas para melhorar a produção e a qualidade da silagem aqui na propriedade que trabalho."
João Vicente Silveira Pedreira (Campinas-SP)
"São cursos que buscam fontes de conhecimento atualizadas e profissionais atuantes no mercado, enfocando completamente os temas sugeridos. Aprecio a maneira rápida de atualização que este meio proporciona."

A quem se destina

• Produtores que já adotam ou pretendem utilizar silagem para alimentação animal
• Consultores e profissionais que trabalham com nutrição
• Estudantes com interesse prático em processos de ensilagem
• Gerentes com poder decisório em processos de ensilagem nas propriedades que atuam

Tempo de dedicação

Sugerimos que ao longo de todo o curso você dedique 25 horas totais, ou seja, aproximadamente 4 horas semanais. E como o curso é online, você tem flexibilidade para dividir essas horas como preferir: 50 minutos por dia em dias de semana, ou uma manhã ou tarde de sábado, ou duas horas duas vezes por semana... Enfim são apenas 4 horas de estudo semanal que você pode distribuir como quiser ao longo das 6 semanas de curso.



Fonte : Agripoint.com.br
Início: 08/11/2012
Término: 20/12/2012




INTEGRAÇÃO LAVOURA X PECUÁRIA


Imagem
  • Objetivos da integração

    Recuperação de pastagens degradadas. Recuperar a fertilidade do solo com a lavoura. Produzir pasto, forragem conservada e grãos para alimentação animal na estação seca. Reduzir os custos, tanto da atividade agrícola quanto da pecuária. Aumentar a estabilidade de renda do produtor.
  • Modelos de renovação ou reforma de pastagens

    Sistema Santa Fé e Barreirão, saiba a diferença de cada sistema e escolha qual é o mais indicado para sua propriedade.
  • Impactos da Integração na produção de bovinos

    A integração lavoura-pecuária possui como vantagem o aumento da capacidade de suporte das pastagens e com isso uma maior produtividade animal quando comparado à pastagem degradada.
  • Veja um exemplo de sucesso

    Na fazenda em Ipameri-GO, o trabalho de integração mudou completamente o cenário. Em 600ha eles produzem 35 mil sacas de milho, 20 mil de soja e formando pasto para engordar o gado. Já no primeiro ano a lavoura pagou o investimento na pastagem.



    Fonte : BEEFPOINT

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Código Florestal é pagina virada, diz Ministra Izabella teixeira


A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em entrevista para explicar vetos ao Código Florestal (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Um dia após anunciar os vetos da presidente Dilma Rousseff ao texto do novo Código Florestal, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta quinta-feira (18) que o debate em torno da nova legislação ambiental brasileira é "página virada". O governo não teme, segundo ela, que o decreto presidencial que regulamenta o Código seja derrubado pela Justiça.
Nesta quinta-feira o governo publicou, no "Diário Oficial da União", nove vetos da presidente ao texto aprovado pelo Congresso. Para compensar os artigos vetados, a presidente editou um decreto.
Izabella disse os vetos da presidente foram "cirúrgicos" e que houve respeito a "todo o processo de debate no Congresso". A ministra conversou com a Rede Globo e com o G1 em seu gabinete na tarde desta quinta-feira.
"Estamos virando a página. Uma página importante de um debate no Congresso", afirmou a ministra. Para o governo, a conclusão da tramitação do Código Florestal representa o "marco zero da gestão ambiental no país". "Nós demos o primeiro passo para colocar uma nova realidade entre meio ambiente e produtor rural, de fato, juntos. Esse é o caminho", disse a ministra.
Segundo Izabella, não há preocupação dentro do governo quanto aos questionamentos que a oposição promete fazer ao Supremo Tribunal Federal. "Tenho firme convicção de que a decisão do veto e a edição do decreto é uma decisão com base jurídica, com precisão técnica", disse. "Questionamento jurídicos sempre acontecem no Brasil em todas as matérias. Temos toda a segurança dada pelo ministro [da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio] Adams", afirmou a ministra.
A edição do decreto presidencial, explicou Izabella, tem respaldo dentro da própria lei aprovada pelo Congresso. "A presidenta editou um decreto exatamente dando as disciplinas do PRA e do Cadastro Ambiental Rural seguindo o que o próprio texto legal, aprovado pelo Congresso Nacional, estabelece para o Poder Executivo Federal", afirmou.
Desafio de implementar
O desafio a partir de agora, disse Izabella, "é implementar". Alguns dos instrumentos para colocar a lei em funcionamento é a regulamentação do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR), prevista no decreto.
"Com o sistema nacional de cadastro ambiental, entenderemos a realidade do campo no Brasil. É um cadastro que não existe no país, então nós vamos entender a realidade de cinco milhões de propriedades rurais nesse país", afirmou.
O decreto assinado por Dilma estabelece as principais regras do PRA e do CAR, que é um registro eletrônico obrigatório de todos os imóveis rurais do país, e vai concentrar informações sobre eles – incluindo a medição das áreas com imagens de satélite.
Já o PRA é um compromisso firmado pelo proprietário rural para manter, recompor ou recuperar áreas de preservação permanentes, de reserva legal e de uso restrito do imóvel rural. O programa suspende por um ano a aplicação de sanções a proprietários rurais que desmataram APPs antes de 22 de julho de 2008, desde que eles apresentem planos de recuperação das áreas degradadas.
O novo Código Florestal, afirmou a ministra, mostra que "é possível construir uma nova ideia de consenso".
"Esse é o caminho que o governo procurou, trilhou com toda a segurança jurídica dada pela Advocacia-Geral da União e com a envergadura do diálogo político que o governo assumiu durante o debate no Congresso e dentro do próprio governo", declarou.


Fonte : G1.com


VETOS DIVIDEM PARLAMENTARES



Os nove vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff ao texto da Medida Provisória do Código Florestal aprovado peloCongresso em setembro dividiu os parlamentares que fecharam um acordo para viabilizar a votação da matéria naCâmara e no Senado. Para o relator Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), “a lei propicia ao país manter-se como referência ambiental para o mundo e suprir a demanda por alimentos”. 

O senador catarinense destacou que, neste momento, não cabe pensar em posicionamentos dos setores da baseagropecuária e ambientalistas. Ele acredita na possibilidade de o presidente do SenadoJosé Sarney(PMDB-AP), colocar em votação os vetos à MP do Código Florestal. Ele ponderou, porém, que “existe uma fila de vetos” que aguardam apreciação pelo Congresso. 

presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), também considerou um avanço o texto sancionado por Dilma Rousseff. Para ela, embora não seja um texto que satisfaça todo o setor agropecuário, o código dá uma “segurançajurídica” a partir de agora. 

A senadora é favorável a alguns dos vetos feitos por Dilma Rousseff. Especialmente, ela citou a proibição de se recompor áreas de preservação permanente (APPs) com árvores frutíferas. “O plantio de frutíferas em larga escala só é viável com o uso de muito defensivo agrícola. Não se consegue produzir frutas sem defensivo. Não estamos falando de plantar um pé de goiaba, estamos falando em plantio de larga escala o que vai contaminar rios e nascentes”, destacou a presidenta da CNA. 

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que os vetos feitos pelo Executivo foram necessários para o equilíbrio das discussões entre ruralistas e ambientalistas. Ele descartou a possibilidade de colocar os vetos para a análise do Congresso e acrescentou que existem mais de mil vetos aguardando apreciação. 

Outros parlamentares, entretanto, consideram que a presidente Dilma Rousseff colocou em risco a relação doExecutivo com o Legislativo. Segundo Ana Amélia Lemos (PP-RS), os vetos “anularam” o papel do Congresso e podem gerar um contencioso na relação dos dois poderes. 

O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) também foi contrário aos vetos. Para ele, a presidente Dilma poderia ter designado um parlamentar da base para questionar os pontos com os quais não concordava durante as discussões no Congresso. “Todo dia a presidente recebia um relato sobre os avanços do acordo em construção”, disse. Segundo ele, Dilma terá problemas com sua base passado o momento eleitoral


Fonte : Globo Rural

DECRETO COM VETOS DE DILMA Á MP DO CÓDIGO FLORESTAL É PUBLICADO

O decreto presidencial que altera a medida provisória aprovada pelo Congresso, que muda o texto do novo Código Florestal, foi publicado na manhã desta quinta-feira (18) no “Diário Oficial da União”.

O governo anunciou nesta quarta-feira (17) que realizaria suspensões ao texto aprovado pelos senadores em setembro. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, as modificações foram fundamentadas em três princípios: “Não anistiar, não estimular desmatamentos ilegais e assegurar a inclusão social no campo em torno dos pequenos proprietários”, disse.

Dilma vetou o artigo 83 e fez vetos parciais nos artigos 4º, 15º, 35º, 59º, 61º-A e 61º-B. O decreto esclarece ainda como vai funcionar o Sistema de Cadastro Ambiental Rural (CAR) e estabeleceu normas aos Programas de Regularização Ambiental (PRA).

No artigo 4º, a presidente vetou o nono parágrafo, que não considerava Área de Proteção Permanente (APP) em zonas rurais ou urbanas a várzea fora dos limites previstos pelo artigo. De acordo com a publicação, a leitura do texto “pode provocar dúvidas sobre o alcance do dispositivo, podendo gerar controvérsia jurídica”.


O inciso II do parágrafo 4º do artigo 15º também foi vetado pela presidência. O texto que veio da comissão mista do Congresso dispensava da recomposição de APPs proprietários rurais que tivessem 50% de Reserva Legal em sua propriedade, porém incluía áreas de florestas e outras formas de vegetação nativa ali presentes para alcançar este total.
Foi vetado também o primeiro parágrafo do artigo 35º, que permite o plantio ou reflorestamento de espécies florestais nativas, exóticas ou frutíferas. Segundo o veto, o texto aprovado dá interpretação de que passaria a ser exigido o controle de origem do plantio de espécies frutíferas por órgãos ambientais, já que o objetivo é fiscalizar espécies florestais.
A presidente também suspendeu o parágrafo sexto do artigo 59º, sobre a implantação do Programa de Regularização Ambiental (PRA). O veto refere-se à imposição de prazo de 20 dias após a adesão do proprietário rural ao PRA para que eles promovam a regularização ambiental. Segundo a justificativa, os prazos deverão ter uma regulamentação específica.

COMO VAI FUNCIONAR A RECOMPOSIÇÃO

Tamanho da
propriedade


Recomposição
a partir da margem
% do imóvel
a ser reflorestado para quem tinha plantação na APP até
julho/2008
0 a 1 módulo
5 metros para qualquer largura de rio
10%
1 a 2 módulos
8 metros para qualquer largura de rio
10%
2 a 4 módulos
15 metros para qualquer largura de rio
20%
4 a 10 módulos
20 metros para rios de até 10 metros de largura
--
+ de 4 módulos
30 a 100 metros para qualquer largura de rio
--
Escadinha
Sobre o artigo 61-A, que trata da recomposição florestal continuidade de atividades agrícolas em APPs, mais conhecida como a escadinha, Dilma vetou a versão aprovada pela comissão especial – e depois pelo plenário da Câmara – que prevê nas propriedades de 4 a 15 módulos fiscais com cursos de água de até 10 metros de largura, a recomposição de mata ciliar de 15 metros.
Volta a valer a redação original da medida provisória enviada pelo governo, que era mais rígida e determinava recomposição de 20 metros em propriedades de 4 a 10 módulos.
Além disso, veta a possibilidade de plantio de árvores frutíferas em áreas de reflorestamento, alegando que a autorização indiscriminada de frutíferas pode comprometer a biodiversidade das APPs.
Margem de rios
O parágrafo 18 do artigo 61-A, que determinava que rios intermitentes (cujo curso tem água apenas em determinado período do ano) de até 2 metros deveriam ter recuperação de 5 metros para qualquer tamanho de propriedade, também foi vetado.

A presidente afirma que a redução excessiva do limite mínimo de proteção ambiental “inviabiliza a sustentabilidade ambiental no meio rural” e alega falta de informações detalhadas sobre a situação dos rios intermitentes.
No artigo 61-B, que aborda a exigência de reflorestamento aos proprietários rurais, Dilma vetou o inciso III, que permitia ao proprietário reflorestar apenas 25% da área total do imóvel aqueles que detinham propriedades com área superior a 4 e até dez módulos fiscais.
O decreto afirma que a proposta desrespeita o equilíbrio entre o tamanho da propriedade e a faixa de recomposição estabelecida no texto original, que criava um benefício exclusivo para imóveis rurais de até quatro módulos fiscais.

Pontos vetados e não contemplados no decreto poderão ser tratados por meio de outros instrumentos, como atos do Ministério do Meio Ambiente, segundo a ministra Izabella Teixeira.

Cadastro Ambiental
O decreto presidencial ainda explica as regras principais do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental (PRA). O CAR é o registro eletrônico obrigatório que vai concentrar informações sobre todos os imóveis rurais – incluindo a medição da área de propriedades com uso de imagens de satélite. O objetivo será conter possíveis desmatamentos em áreas de preservação e planejar seu desenvolvimento.  Já o PRA é o compromisso firmado pelo proprietário rural para manter, recompor e recuperar áreas de preservação permanentes, de Reserva Legal e de uso restrito do imóvel rural.
Entre os pontos principais do CAR, fica criado um sistema nacional que vai cadastrar e controlar as informações e promover o planejamento ambiental e econômico do uso do solo. Ele será obrigatório a todos imóveis rurais do país. A inscrição da propriedade no cadastro deverá ser feita em um órgão ambiental estadual ou municipal um ano após sua implantação. O órgão ambiental poderá fazer vistorias de campo para comprovar as medições
Multas suspensas por um ano
O Programa de Regularização Ambiental do governo suspende por um ano a aplicação de sanções a proprietários rurais que desmataram APPs antes de 22 de julho de 2008, desde que eles apresentem planos de recuperação das áreas degradadas.
Segundo o decreto, após a inclusão do imóvel rural no CAR, o proprietário tem que firmar um termo de compromisso em que se compromete a regularizar sua situação no prazo de 12 meses.
As regras de recomposição são aquelas aprovadas no Código Florestal, nos artigos que tratam sobre o tamanho dos módulos fiscais e recuperação de margens de rios. Para propriedades de até um módulo - o tamanho de cada módulo varia por estado -, serão 5 metros de recomposição a partir da margem. Para propriedades de um a dois módulos, a recomposição é de 8 metros.

Os imóveis de dois a quatro módulos terão de recompor 15 metros. Acima de quatro módulos, a recuperação deve ser entre 20 metros e 100 metros. Para quem tinha até quatro módulos fiscais e desenvolvia atividades agrícolas nas áreas consolidadas de APP, é exigida a recomposição de até 10% do total do imóvel com até dois módulos e 20% para imóveis de dois a quatro módulos.

Fonte G1.com
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