domingo, 23 de setembro de 2012

Produtores começam a plantar soja em terra seca no oeste do Paraná



A semana começou com os agricultores colocando as máquinas para trabalhar na poeira no oeste do Paraná. Com o serviço atrasado, alguns produtores não quiseram esperar as chuvas. Os produtores arriscaram porque agora contam com sementes tratadas, que resistem até 30 dias no campo à espera da chuva. “Melhoria de toda tecnologia de máquinas e tratamento de sementes mais eficientes e que proporcionam produtos melhores. Então, está fazendo com que o produtor busque duas safras no ano”, diz o agrônomo Mauro Orso.
Com a volta da chuva, o agricultor Daniel Becker colocou as máquinas no campo para semear 14 hectares de milho. “Espero que comece a chover bem. Ano passado, a gente teve perdas por causa da seca”, diz.
Outro avanço tecnológico que também está ajudando os produtores é a grande variedade que existe hoje entre as sementes. O agricultor Zeca Zardo, que vai semear 700 hectares de soja, resolveu dedicar 30% da área para a soja precoce, variedade que demora menos tempo pra chegar ao ponto de colheita. Nessa safra, o produtor decidiu investir mais na soja precoce para colher antes e logo em seguida iniciar o plantio do milho safrinha.
A Coodetec, Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola, que fica em Cascavel, também é produtora de sementes. A empresa fez um levantamento e chegou à conclusão de que, nos últimos três anos, o plantio de soja precoce no Brasil dobrou de 30% para 60%. A soja precoce leva 120 dias do plantio até a colheita. O grão de ciclo médio demora 140 dias. Nesse caso, há um aumento de 20 dias. “No potencial genético são semelhantes. O clima é que vai fazer a diferença nessas variedades”, diz Marcelo Rodrigues, gerente comercial da Coodetec.

Mesmo com o aumento do uso da soja precoce, não estão faltando sementes para o plantio.
 

Fonte : Globo Rural

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Começa a segunda etapa da campanha de vacinação contra aftosa


segundo ciclo da vacinação de bovinos e bubalinoscontra a febre aftosa já está em curso no País. Na região daCalha do Rio Amazonas e no Arquipélago de Marajó, noPará, a vacinação já foi concluída, processo que se encerrou no último dia 15 de setembro. A partir dessa data, os estados têm 30 dias para enviar seus relatórios ao Ministério da Agricultura (Mapa). 

As próximas regiões a vacinarem serão Roraima, com início em 1º de outubro, Rondônia e Amapá, no dia 15. Em virtude das condições ambientais e de manejo do rebanho no Amapá, a imunização no Estado é realizada anualmente desde 2009, com duração de 45 dias. 

imunização no restante do Brasil está prevista para iniciar no dia 1º de novembro. A exceção é o Estado de Santa Catarina, que constitui uma zona livre da doença sem uso da vacinação. A região do Pantanal de Mato Grosso do Sul será a última a finalizar o processo, em 15 de dezembro. A previsão do Ministério é de vacinar cerca de 150,5 milhões de bovinos e bubalinos ao longo dessa fase. 

O agravamento da seca no semiárido nordestino preocupa o Mapa. Conjuntamente com os representantes dos estados, técnicos do ministério pretendem implementar ações estratégicas para evitar o comprometimento dacobertura vacinal na região. 

Na maioria das unidades federativas, os rebanhos bovinos e bubalinos de todas as idades devem ser vacinados. Já na Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul (exceto zona de fronteira e Pantanal) Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal apenas os animais com idade abaixo de 24 meses serão imunizados. 

O Mapa orienta os produtores rurais para que respeitem os cuidados para a correta imunização dos bovídeos. As recomendações são: vacinar dentro do período estabelecido; adquirir vacinas em revendas autorizadas; conservar em temperatura correta (de 2 a 8°C) até o momento da aplicação; injetar na região da tábua do pescoço com agulhas e seringas em bom estado e limpas; e manejar os animais com o mínimo de estresse e nos horários mais frescos do dia. Após o término da vacinação, a declaração deve ser apresentada nos escritórios do serviço veterinário oficial no prazo estabelecido em cada estado. 


domingo, 16 de setembro de 2012

Paraná produz nova raça de gado para a pecuária de corte brasileira


A região dos Campos Gerais, no Paraná, apresenta uma nova raça de gado para a pecuária de corte brasileira: o purunã, que leva sangue caracu, aberdeen angun, charolês e canchim.
Em 1980, quando o Instituo Agronômico do Paraná (Iapar) começou os trabalhos de cruzamento das raças já tradicionais na pecuária do sul do estado, não passava pela cabeça dos pesquisadores a criação de uma nova raça.
Nos anos 90, porém, o rumo dos trabalhos ganhou outras proporções. “Começava a entrar no Brasil a difusão e a utilização de raças compostas para a pecuária de corte”, explica o zootecnista da Iapar, José Luís Moletta. Ele e o agrônomo Daniel Perotto são os responsáveis pela criação do purunã.
O purunã combina as características desejáveis das raças formadoras. “Ele tem o desenvolvimento muscular do charolê, ou seja, boa produção de carne; a resistência ao carrapato e a boa produção de leite do caracu, o tornando uma excelente raça materna; a rusticidade e a tolerância ao calor do canchim; e a qualidade da carne e a precocidade de abate do aberdeen angus”, explica Daniel.
Partindo das raças formadoras, os pesquisadores estruturaram os cruzamentos até chegar ao purunã, a terceira geração dos animais mestiços, já com sangue das quatro raças originais. Na sua composição predominam as características do charolês, com 40%. O purunã foi batizado assim em homenagem a uma serra do Paraná, que tem o mesmo nome.
O técnico agrícola João Motta acompanha de perto os nascimentos dos purunãs na estação do Iapar: “A raça ainda não tem uma cor definida, já que ela é um composto vindo de quatro raças de cores diferentes. Eles nascem branco, vermelho, preto. Alguns são mais peludinhos. Por isso, um caminho que possivelmente nós vamos trabalhar no purunã é uma seleção, uma direção para pelagem mais definida. A tendência é chegar em um baio para branco”.
Como o objetivo é a produção de carne, os pesquisadores mantêm em um barracão de confinamento, animais com idade entre dez e 15 meses, alimentados com silagem de milho, farelo de soja e sal mineralizado. “Hoje, eles ganham em torno de um quilo e meio por dia, um ótimo ganho de peso para animais dessa categoria”, afirma José Luís.
Na condição a pasto, os tourinhos purunãs selecionados como reprodutores representam, aos 22 meses de idade, o que há de mais evoluído na genética da raça. “Esses animais têm apresentado média de 900 gramas por dia de ganho de peso, exclusivamente a pasto. Hoje, o rebanho de purunã no Brasil deve estar em torno de 1300 animais fora do Iapar”, afirma José Luís.
Para que a raça seja reconhecida no Ministério da Agricultura, o purunã precisa marcar uma presença maior na pecuária de gado de corte nacional, seja aumentando o número de animais ou expandindo o plantel para outros estados.
Uma das últimas vendas de purunã feitas pelo Iapar foi entregue na propriedade do criador Paulo Camargo, no município de Candói. Ele comprou três touros da raça para cobrir seu rebanho de 140 matrizes de sangue azebuado.
Com a intenção de acelerar a produção de purunã na propriedade, Paulo também resolveu comprar 15 matrizes já prenhas e os primeiros resultados já começaram a nascer: dois machos e uma fêmea. “Investimos mais ou menos R$ 32 mil. Teremos o retorno do investimento nos touros já na próxima produção e das vacas daqui dois anos, quando estaremos vendendo pronto o touro purunã”, afirma o produtor.
A maior parte dos criadores de purunã está na região oeste do Paraná. Por se tratar de uma raça nova, com poucos animais disponíveis, alguns pecuaristas estão manejando os cruzamentos na própria fazenda.
O veterinário Piotre Laginski vem trabalhando com a nova raça desde 2009. Sua família é dona de três fazendas na região e todas são voltadas para o desenvolvimento do purunã. Na sede de Catanduvas é feito o trabalho de inseminação artificial com sêmem de purunã. “Nós pegamos um plantel de novilhas puras canchim e introduzimos o purunã. Posteriormente, fazemos o repasse com touros purunãs. Nós temos nessa propriedade meio sangue, já promovendo com a inseminação para três quartos para chegarmos futuramente ao puro”, explica.
Em Cascavel, na segunda propriedade de Piotre, é feito exclusivamente o trabalho de confinamento. São levados para lá os mestiços purunãs, que não servem para reprodução, e também alguns animais canchins, raça criada na fazenda há pelo menos 30 anos.
A 30 quilômetros do confinamento, fica a terceira propriedade do veterinário, onde ocorrem os nascimentos dos mestiços que vão dar origem aos animais puros. “No ano passado, nasceram 86 bezerros com sangue purunã. Este ano serão 116 e a partir do ano que vem 180. Em quatro ou cinco anos, teremos o primeiro purunã puro produzido aqui pelas nossas propriedades”, prevê Piotre.
Nesta semana, durante a Exposição Agropecuária de Ponta Grossa será anunciada a liberação do Ministério da Agricultura para o certificado de identificação de produção do purunã, passo importante para o reconhecimento da raça.

Fonte : Globo Rural

Antecipação da semeadura da soja exige cautela


De acordo com a Portaria nº 141/2012, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os produtores podem iniciar a semeadura da soja na maior parte de Mato Grosso do Sul, a partir de 1º de outubro. A Lei Estadual nº 3.333 apenas alterou o período do vazio sanitário, possibilitando que o cultivo seja legalmente realizado a partir de 16 de setembro.
No entanto, isso não interfere na política do Plano Safra que é regido pelo zoneamento agrícola, que considera menores riscos de perdas de produtividade por falta de chuvas e regulamenta o acesso ao crédito e ao seguro agrícola.
Com dúvidas sobre quando semear a soja e reivindicando estudos de viabilidade para a antecipação do zoneamento agrícola na Região Centro-Sul de MS, os produtores se reuniram, com agentes da assistência técnica e instituições de pesquisa como a Fundação MS e a Embrapa Agropecuária Oeste, vinculada ao Ministério da Agricultura.
Segundo os pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Carlos Ricardo Fietz e Danilton Luiz Flumignan, durante a reunião, foi realizada uma análise preliminar de viabilidade da antecipação do período de zoneamento em Mato Grosso do Sul para 21 de setembro. O que se concluiu é que a semeadura, em setembro, a princípio, não seria afetada significativamente pela oferta de chuva na fase crítica da soja, mas os pesquisadores orientam que o produtor seja prudente ao tomar uma decisão.
Como o inverno na Região Centro-Sul de Mato Grosso do Sul é naturalmente seco, mesmo se houvesse a antecipação do período de zoneamento agrícola, a decisão de semear a soja em setembro teria que ser tomada a cada safra, em função da umidade do solo no momento da semeadura e das previsões de chuva no período subsequente.
– Neste ano, a última chuva expressiva em Dourados foi em 21 de junho, 30 mm. Ou seja, estamos há mais de 70 dias sem a ocorrência de chuvas. Para reequilibrar a umidade do solo e torná-lo ideal para o plantio da soja em setembro, é preciso 80 mm de chuva de intensidade branda – alerta Fietz.
O que os pesquisadores enfatizam aos produtores é que independente de haver ou não a antecipação do zoneamento agrícola futuramente, a decisão gerencial sempre vai depender da análise das condições de umidade do solo no momento da semeadura, assim como das chuvas posteriores à semeadura.
– É importante que o agricultor lembre que o zoneamento agrícola de risco climático é realizado após estudos de clima, de solo e de ciclo de cultivares de cada região com a finalidade de minimizar os riscos à lavoura – conclui Fietz.

Fonte: Ruralbr

Vazio sanitário da soja termina no Centro-Oeste, mas falta de chuva deve atrasar plantio

De acordo com a Somar, precipitações previstas para os próximos dias não garantem umidade suficiente ao solo

Termina neste sábado, dia 15, o vazio sanitário da soja na região Centro-Oeste. A grande expectativa dos agricultores era que a chuva retornasse assim que fosse liberado o plantio da oleaginosa, mas o tempo seco ainda predomina, principalmente sobre Goiás e Mato Grosso, e deve atrasar o cultivo.

Segundo os meteorologistas da Somar, as chuvas retornam para o Estado mato-grossense a partir do dia 20 de setembro, mas ainda de forma isolada e irregular, o que não garante umidade suficiente ao solo para a instalação das lavouras. A soja deve ser plantada mesmo apenas em outubro, quando a previsão é de chuvas generalizadas na região.

De acordo com a Somar, o acumulado para praticamente todos os municípios do Centro-Oeste deve ser de mais de 100 milímetros por mês ao longo da primavera. Em Sorriso (MT), maior produtor de soja do Estado, a previsão mostra que o volume de chuva em outubro deve ser de 176 mm, próximo da média histórica para o período, que é de 184 mm.

Outra preocupação em relação ao atraso das chuvas é com o plantio de milho em fevereiro. Como as previsões mostram que o El Niño enfraquecerá a partir dos primeiros meses de 2013, a Zona de Convergência Intertropical, que é o sistema responsável pelas chuvas no Nordeste, começa a atuar. Essas chuvas associadas à umidade da Amazônia garantem precipitações para a região central do Brasil pelo menos até março, não comprometendo a segunda safra.


Fonte: Ruralbr

Cosan está em estágio avançado para fabricação de etanol de 2ª geração


O presidente do conselho de administração da Cosan, Rubens Ometto, disse que a empresa está em estágios avançados para a fabricação do etanol de segunda geração, produzido por meio de celulose no Brasil. Ometto, que participou de debate no Fórum Exame, realizado nesta sexta-feira (14/9) em São Paulo, afirmou que o etanol ainda não atingiu o seu ápice de utilização no Brasil. 

O executivo disse que se o governo não reajustar os tributosou não solucionar a questão do preço da gasolina, o setor terá que procurar uma nova alternativa, reinventando-se. "Cada empresa vai ter que buscar a saída que for melhor para ela", disse. Segundo ele, um dos motivos para a Cosan ter seguido o caminho da diversificação foi exatamente a sua exposição à volatilidade dos preços do açúcar e do álcool

Fonte: Revista Globo Rural
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